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Advogado de Bolsonaro monitorava e restringia movimentação de Queiroz, indicam mensagens

"Quando eu entro na cidade em que eu tô, eu desligo os telefones”
publicado 19/06/2020
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(Reprodução)

Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro preso nesta quinta-feira 18/VI, era monitorado e sofria restrições de movimentação impostas pelo advogado Frederick Wassef, indicam mensagens apreendidas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro e reveladas pela Folha de S.Paulo.

Os promotores sustentam que Queiroz tentava omitir de Wassef, também advogado de Jair Bolsonaro, as saídas que fazia do imóvel onde morou nos últimos meses em Atibaia, de propriedade do advogado. Segundo o MP-RJ, Queiroz e seus familiares desligavam os telefones quando se aproximavam da casa, para evitar monitoramento das autoridades policiais.

Mensagens de julho de 2019 mostram Queiroz explicando que precisa desligar o aparelho ao se aproximar da casa de Wassef. “A gente vai ter que desligar o telefone, daqui a pouco a gente vai entrar na nossa área”.

Em agosto, outro áudio indica o procedimento adotado. “Se tiver alguma coisa pra falar, fala por aqui [telefone de Márcia, esposa de Queiroz] ou por aquele telefone que tá com minha filha, tá bom? Quando eu entro na cidade em que eu tô, eu desligo os telefones”, disse Queiroz a um homem identificado como Heyder.

Os diálogos também apontam que Wassef cogitou levar toda a família de Queiroz para Atibaia após a derrota no Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento sobre o compartilhamento de informações financeiras detalhadas em relatórios do Coaf.  “[Wassef está] Querendo mandar para todos [sic] para São Paulo se a gente não ganhar”, disse Queiroz em 24/XI/2019 para a esposa.