Mundo

Você está aqui: Página Inicial / Mundo / Isso aqui vai ser um grande Porto Rico

Isso aqui vai ser um grande Porto Rico

Podcast: ou Congo da Bélgica, República das Bananas etc etc
publicado 22/11/2018
Comments
bessinha.jpg

Olá, tudo bem?

 Esse podcast é sobre a transformação do Brasil num grande Porto Rico.

Ou num Congo do Rei Leopoldo…

Ou numa república das bananas.

O Chico Buarque dizia que isso aqui ainda ia ser um grande Portugal…

No regime militar, o Brasil se tornaria um imenso Portugal… do ditador Salazar.

O Gil e o Caetano disseram que o Haiti miserável é aqui, aqui mesmo, no Pelourinho, em frente à casa de Jorge Amado.

O ansioso blogueiro confessa uma certa irritação com o fato de se aproximar do fim da leitura do magnífico “Juca Paranhos, o Barão do Rio Branco”, de Luís Claudio Villafañe G. dos Santos, editado pela Companhia das Letras neste 2018.

Se o ansioso blogueiro alcança as memórias juvenis, se permite dizer que o trabalho do Villafañe G. dos Santos deixa nas pantufas “A vida do Barão do Rio Branco”, de Luis Viana Filho, de 1959, reeditado pela Edufba, em 2008.

Aqui, nesse inútil podcast, o que interessa é ressaltar que o Barão, monarquista de carteirinha, detestava os Estados Unidos.

Preferia aliar-se à Inglaterra e à Europa.

O Barão desconfiava que os Republicanos, com o apoio sempre interessado do advogado Ruy Barbosa, pretendiam importar o Federalismo – e com isso, o esquartejar (para usar uma palavra atual…) o Poder Central e distribuí-lo pelos Estados.

Não deu outra e instalou-se a “política dos governadores”, que precisou ser derrubada pela Revolução (Positivista, Estatista e Nacionalista) de 1930!

Às vezes a canoa vira...

A versão entreguista mais moderna é a do Príncipe da Privataria, que adotou a Política Externa da Dependência, a que tirou os sapatos para entrar no aeroporto de Miami (se ainda fosse o Kennedy de Nova York… mas o de Miami…!)

Antes de tomar posse, Fernando Henrique já tinha vendido a Telebras, a Vale e a Petrobrax ao FMI e ao vice-presidente (se ainda fosse o Presidente…) do Citibank, que administravam a dívida do Brasil.

(É o que se comprova, com documentos indesmentíveis, no best-seller “O Quarto Poder – uma outra história”).

Essa obra entreguista se completará agora no Governo Bolsonaro e seu chanceler que jamais foi Embaixador.

(O Barão foi embaixador por um breve período em Berlim, antes de ser Chanceler nomeado por Rodrigues Alves, que não o conhecia.)

Trump é o novo Guia.

Abaixo de Deus, porém.

Steve Bannon, o marqueteiro de Trump vem aí.

John Bolton, um dos cérebros da invasão do Iraque e hoje assessor direto de Trump, vem à posse de Bolsonaro.

A ordem é cortar as tarifas como o Visconde de Cayru, que abriu os portos em 1808 e impediu que o Brasil tivesse indústria.

O objetivo contemporâneo é quebrar a indústria sobrevivente – esse lixo!

As riquezas nacionais serão vendidas a preço de banana – ou seja, pelo mesmo preço vil que o Fernando Henrique e o Serra venderam a Vale do Rio Doce (o preço não remunerava nem o que a Vale tinha em caixa…)

Em entrevista a Patricia Campos Mello, o ex-embaixador americano no Brasil William Shannon já traçou as linhas mestras dessa nova política:

- expulsar a China, que ainda não fez a Marcha, nem longa nem curta… Um paiseco inexpressivo, menor que Taiwan.

- e promover um cerco à Venezuela.

Como o Brasil vende muito alimento à Venezuela, Shannon sugeriu que o Brasil mate os venezuelanos de fome.

O que dispensa o desembarque dos Marines.

Um amigo navegante diz que o Brasil será o Congo do Rei Leopoldo I da Bélgica.

Um aglomerado de negros submetidos a uma eugenia racial.

O Rei Leopoldo, proprietário pessoal do Congo, queria transformar os negros Hutus, a maioria, atarracados, em Tutsis, alongados e de nariz fino, originários da Etiópia.

Um notável precursor do Dr Josef Mengele.

Aqui, a eugenia racial se dará com o morticínio em massa dos pobres.

E negros.

Pelo tráfico. Ou pela Polícia.

Outro amigo do ansioso blogueiro acha que conseguiremos realizar o sonho tucano de ser uma república de bananas.

Sim, faz sentido.

Como o Brasil se desligará do sistema mundial de inovação – veja a TV Afiada sobre a desnacionalização da Embraer e da Petrobras - continuaremos a produzir matérias primas, apenas.

Como a banana e o pau Brasil.

Antes, sofreremos algumas atribulações, como as previstas pelo poderoso banco americano J. P Morgan, que considera o Brasil um lixo mais pútrido que a Argentina e a Turquia.

Nada que o Paulo Guedes e a Míriam Leitão não possam atenuar.

Com o lança-perfume das redes sociais.

O ansioso blogueiro, porém, é mais realista.

Acha que o plano secreto é fazer do Brasil um estado livre associado, como Porto Rico!

Grandão!

Do Oiapoque - que o Barão nos assegurou – ao Chuí.

De Natal a Chapecó – que o Barão nos garantiu.

Tudo isso, livre e associado.

Com o Supremo e tudo.

Ou, quem sabe, como diz o genial Chico Buarque, seremos um imenso Portugal!

Gostou desse conteúdo? Saiba mais sobre a importância de fortalecer a luta pela liberdade de expressão e apoie o Conversa AfiadaClique aqui e conheça!