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Wellington: como usar as reservas para gerar emprego

O sistema todo quer prender o Lula

por Conversa Afiada publicado 25/11/2015 22h09, última modificação 25/11/2015 22h09
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O uso das reservas cambiais do Brasil para a retomada do crescimento econômico do país é a melhor alternativa para a saída da crise, na opinião do Governador do Piauí, Wellington Dias (PT). Em entrevista a Paulo Henrique Amorim, nesta quarta-feira (25), o petista apontou a geração de empregos como motor para a mudança de expectativa da população.

À TV Afiada, Wellington explicou a ideia: parte das reservas seria usada como um Fundo Garantidor para o país obter empréstimos no mercado externo.

“Nós temos US$ 376 bilhões de reservas. Uma parcela dela é uma poupança do Brasil. A ideia é tirar algo perto de US$ 70 bilhões e classificar como Fundo Garantidor, para capitar empréstimos internacionais, com juros mais baixos e maiores prazos. Com esse dinheiro, o Governo faz andar as obras do PAC, a Petrobras[...]. O melhor sinal de que estamos bem é gerar emprego sem nem tirar dinheiro das reservas. Quando tiver a máquina do emprego rodando por meio da construção civil, da indústria e da produção, o povo vai saber que estamos saindo da crise”, disse o Governador em São Paulo.

Segundo Wellington, o uso das reservas e a redução da taxa de juros seriam fundamentais para diminuir a inflação.

“Agora que o dólar volta ao patamar de normalidade, precisamos dar um sinal de redução da taxa Sélic. O que justifica a taxa tão elevada?”, questionou o político. “ A inflação é estrutural e não por demanda. A medida que se eleva os juros as empresas aumentam os seus preços. Reduzir a Sélic é fundamental”, enfatizou.

Para ele, um dos maiores problemas é o “equilíbrio das contas públicas” e a volta da CPMF é uma opção. “Sou a favor da volta da CPMF, por exemplo, por três motivos: é o imposto mais justo que tem, de fácil arrecadação e o Brasil precisa. Se não é possível aprovar a CPMF, nós defendíamos a repatriação dos recursos, que foi aprovada, e a CIDE, de forma provisória, enquanto a CPMF não for aprovada. O próximo passo é o equilíbrio das contas públicas”.

De acordo com Dias, a crise econômica passa pela política, pois “há uma dificuldade da estabilidade pelo diálogo”. “E essa estabilidade política é necessária para estabilizar a economia. Tem saídas e precisamos trabalhar”, enalteceu.

Na entrevista, o Governador ressaltou a presença de Jaques Wagner na Casa Civil. “Ele abriu diálogo com o Congresso, que voltou a ter votações”, lembrou.

Lava Jato

Na opinião de Wellington Dias, há quem queira a prisão do Presidente Lula. “Há toda uma estratégia para colocar o Lula na cadeia. Esse é o objetivo e não só da Lava Jato. Eu conheço o Lula e digo que é uma pessoa honesta, que vive em um padrão compatível com a sua renda. Ele foi o Presidente que mais se fez”, afirmou.

O Governador também comentou a prisão do senador petista Delcidio Amaral, que ocorreu na manhã desta quarta (25).

“Foi um choque para todos nós. Eu convivi com ele e posso afirmar que é uma pessoa de grande compromisso com o Mato Grosso do Sul e com o Brasil. Eu diria da necessidade de se examinar a gravação [que motivou a prisão do petista]. Se confirmar a voz do Delcidio, não será o Delcídio que eu conheci”.

Alisson Matos, editor