TV Afiada

Você está aqui: Página Inicial / TV Afiada / 2014 / 04 / 05 / 50 anos do Golpe: Poerner e o papel da UNE

50 anos do Golpe: Poerner e o papel da UNE

No bate-papo, Poerner ressalta a democratização do ensino superior, a partir do governo Lula, como fortalecedora da União Nacional dos Estudantes
publicado 05/04/2014
Comments

 

Para relembrar os 50 anos do golpe militar, a União Nacional dos Estudantes realizou a "Descomemoração" da data histórica, no dia 31 de março, no Rio de Janeiro. Dentre os convidados, estava o escritor e professor Arthur Poerner, que lembrou os duros dias como jornalista no Correio da Manhã, em tempos de regime de exceção.

"Eu era um rebelde sem causa. Com o golpe, ganhei uma."

Sobre o Movimento Estudantil, ressaltou o papel da UNE. “Naquela época,  a UNE era os movimentos sociais. Daí a violência que se abateu sobre ela. Porque a UNE era a que resistia”.

Poerner, ao lado de Regina Toscano, ex-presa política, ainda falou da revolução na educação pública, após a construção de 14 universidades federais no interior do país no governo Lula, além das políticas sociais.

"Eram poucas vagas nas universidades. Movimento estudantil era composto por classe média-alta. As cotas são uma revolução", afirmou Regina.

O papel da imprensa no golpe foi outro assunto discutido. Poerner lembra como o jornal O Globo tratou a ameça do comunismo.


Assista na íntegra ao bate-papo com os integrantes da UNE:

 

 








Perfil: Arthur José Poerner (1939), escritor, jornalista, professor e compositor carioca. Bacharel em Direito, com pós-graduação em Comunicação. Ex-presidente da Fundação Museu da Imagem e do Som (MIS) e do Sindicato dos Escritores do Estado do Rio de Janeiro. Ex-professor de Jornalismo da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Participante ativo da resistência à ditadura militar, sobretudo no Correio da Manhã e no Pasquim, foi o mais jovem brasileiro a ter os direitos políticos suspensos por 10 anos, em 1966. Seu livro O poder jovem foi um dos primeiros 20 proibidos. Preso em 1970, obteve asilo político na Alemanha. Voltou em 1984 como editor de Cultura da TV Globo. É membro titular do Pen Clube do Brasil e do Conselho Deliberativo e da Comissão de Ética dos Meios de Comunicação da Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Condecorado, em 2000, com a Medalha de Mérito Pedro Ernesto, da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, e, em 2005, com o Título de Benemérito do Estado do Rio de Janeiro, da Assembléia Legislativa. Medalha Chico Mendes de Resistência 2010.