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Dilma ao Papa: pela Justiça Social !

O Papa condena a "globalização da indiferença"
publicado 22/07/2013
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Na solenidade de recepção ao Papa no Palácio Guanabara, no Rio, a Presidenta Dilma Rousseff fez um pronunciamento de acentuado conteúdo político.

Eis alguns trechos, não literais.

O Papa é um líder religioso, sensível à Justiça Social, à dignidade para todos.

A começar pelo nome, a alusão a São Francisco de Assis.

O Brasil e o Papa tem um inimigo comum: enfrentar a desigualdade.

Dilma faz menção a um discurso do Papa, de 16 de maio, em que trata da crise financeira mundial  e seu impacto sobre a desigualdade.

Ele falou sobre as ideologias que enfraquecem o Estado e sua capacidade de defender os mais pobres.

Foi aí que o Papa falou em “globalização da indiferença”.

Compartilhamos e nos juntamos a essa posição, ela disse.

Ela compartilha com o Papa a crítica aos chamados programas de “austeridade” que ignoram os custos sociais.

E aí, as principais vítimas são os mais jovens e os mais pobres.

O que dá origem, entre outros males, à xenofobia.

Dilma ressaltou o papel das pastorais católicas na luta contra a pobreza.

E o apoio que o Governo brasileiro dá ao desenvolvimento de tecnologias sociais a pequenos agricultores da África.

E com programas de transferência de renda, como o Bolsa Família na África e na América Latina.

O apoio da Igreja – ela disse - poderia transformar iniciativas pontuais em iniciativas efetivas contra a pobreza.

Ela mencionou as centenas de milhares de jovens brasileiros que foram às ruas.

Democracia provoca o desejo de mais democracia, ela disse.

Inclusão social, de mais inclusão social.

Qualidade de vida, de mais qualidade de vida.

O que fizemos até agora foi só o começo, ela disse.

Os jovens exigem aceleração e aprofundamento: querem Saúde, Educação, mobilidade urbana, qualidade de vida, Ética e transparência.

Querem que a política não seja território de privilégios.

Sintam-se em casa, disse ela aos peregrinos da Jornada Mundial da Juventude.

O Papa fez um discurso protocolar e disse, na abertura, não tenho ouro nem prata, mas Jesus e venho em seu nome bater na porta do imenso coração do brasileiro.

Falou num mundo que corresponda à medida da vida humana.

E que o jovem tenha Segurança e Educação para realizar o que pode ser.

Falou em portunhol e disse: Cristo bota fé nos jovens; os jovens botam fé em Cristo.

Paulo Henrique Amorim