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Dilma: novas eleições? Convença o Congresso primeiro

Reforma ministerial só após votação do impeachment
publicado 05/04/2016
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Dilma avisa que reforma ministerial só após votação do impeachment

Durante visita na manhã desta terça à aeronave KC-390, na Base Aérea de Brasília, a presidenta Dilma Rousseff confirmou que a reforma ministerial só será feita após a conclusão do processo de impeachment que ela sofre na Câmara dos Deputados, cuja previsão de votação pelo plenário, caso seja aprovado na Comissão, está prevista para a semana que começa no dia 17 de abril.

Bem-humorada, Dilma voltou a falar que pedir seu impedimento com base nas chamadas “pedaladas fiscais” é golpe, já que o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, demonstrou claramente sua legalidade, ontem, na comissão do impeachment.

“Não iremos mexer em nada até a conclusão de processos de votação”, disse a mandatária.

Dilma criticou parte da imprensa que está “criando factóides”e, assim, prejudicando o ambiente do País. Segundo a presidenta, falar em mudança ministerial agora é especulação. “São notícias sem base na verdade, sem consultas. Isso não é bom para o jornalismo. Lamento muito, pois isso vai de minha saúde até a mudança na estrutura do governo. Por favor, temos de nos pautar pelo realismo”.

Respondendo sobre proposta do senador Valdir Raupp de antecipação de eleições presidenciais para outubro, a presidenta disse que esta é apenas mais uma proposta como tantas outras. Quando os jornalistas insistiram por uma avaliação sobre a mesma, ela foi dura:

“Nem rechaço nem aceito. Eu acho que é uma proposta. Convença a Câmara e o Senado a abrir mão dos seus mandatos. Aí vem conversar comigo”, disse.

Ela criticou a instabilidade política criada sistematicamente pela oposição desde que ela assumiu a Presidência da República. “Nenhum governo conseguirá governar o Brasil se não tiver um pacto pelo diálogo, pela estabilidade política. A hora que você desrespeita a regra do jogo, você desrespeita o próprio jogo democrático”.

Segundo Dilma, essa aposta dos críticos no “quanto pior, melhor” é algo extremamente danoso para o País. “É público e notório que há um vaso comunicante entre a política e a economia. Sem estabilidade política não tem crescimento econômico e recuperação da economia. Não se tem basicamente a volta do crescimento com geração de emprego e a manutenção das novas conquistas sociais”.

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