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Wanderley: a coalizão-baleia da Dilma pare sardinhas

Não há quem explicite as linhas do Governo. Ele não se comunica, não fala.
publicado 08/04/2013
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Aqui, um resumo leigo da aula do professor Wanderley Guilherme dos Santos na revista “Insight”, de janeiro-fevereiro-março de 2013 - http://www.insightinteligencia.com.br/60/PDFs/pdf1.pdf:

No Governo Lula, todos ganharam.

Agora, também, mas em velocidade menor.

Para manter as políticas dirigidas às classes C e D, a velocidade dos ganhos das classes A e B será menor.

Aí há certo risco, porque manter aquelas políticas gera menos consenso.

As classes C e D são a maioria, mas as classes A e B tem mais articulação nas instituições.

Por isso, é importante analisar o tipo de coalizão do Governo Dilma.

Ela busca a “coalizão de segurança máxima”.

Persegue o maior numero de apoiadores e não deixa de fora quem possa entrar.

Aí é que está o nó.

Na hora de votar as questões relevantes essa segurança máxima funciona ?

Não está funcionando.

Muitos deputados da base aliada votam com a oposição.

E outros não votam: saem do plenário na hora de votar.

Dilma por isso já sofreu derrotas importantes.

É extraordinariamente complexo administrar os interesses dentro de uma “segurança máxima”.

A “segurança máxima” é bem inferior àquela por que a Dilma paga.

Tem o comportamento “carona”: o deputado não assina, se ausenta do plenário como se fosse ao toalete e só será chamado às falas se o Governo perder a votação.

O Governo deveria saber quem são os “aliados” desleais a descoberto, que votam com a oposição,  e quem são os encapotados, os ausentes.

Como está todo mundo na coalizão, não custa nada pular o muro.

O Planalto deveria mudar a estratégia e fazer uma coalizão menor e mais forme.

Num Congresso de 513, uma coalizão de 280 dá.

Seria melhor integrar mais o PMDB, dar-lhe mais espaço e cobrar lealdade com severidade.

Dilma deveria usar a coerção com “aliados”: sem assumir os ônus, não se leva o bônus.

Os acordos não podem mudar em cada votação.

O Governo tem que parar de se mostrar acuado, fragilizado, amedrontado.

Do ponto de vista da presença e da visibilidade, o Governo Dilma é mais opaco do que o do Lula.

Não há quem explicite publicamente as linhas do Governo.

Não há porta-vozes nem intérpretes autorizados.

Qual seu pensamento político ?

O que está fazendo a administração ?

O Governo atual não se comunica, não fala.

Esta coalizão baleia só está parindo sardinhas de apoio ao Governo.