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Boliviano: Eduardo e Aécio ficam do mesmo tamanho

Eles se reduziram à dimensão do Álvaro Dias: trombone do PiG.
publicado 28/08/2013
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A propósito da fuga do boliviano Roger Molina, com a cumplicidade do diplomata encarregado de negócios em La Paz, Eduardo Saboia, Eduardo Campriles e Aécio Never ficaram do mesmo tamanho.

Da dimensão de  “poetas estaduais”, diria o Carlos Drummond de Andrade, um mineiro federal.

Mostraram que são da mesma natureza do Álvaro Dias, o Catão dos Pinhais – outro “estadual”.

Quer dizer: são trombones do PiG (*).

Bem que o PiG (*) tenta transformar Molina e Saboia em dois Heróis dos Direitos Humanos.

O Conversa Afiada sempre desconfiou disso: percebeu a intromissão do bico do tucano.

E se o Molina fosse um condenado pela Justiça – como é –, mas leal e fiel aliado do Evo Morales ?

É uma pergunta capciosa como aquela outra: e se os médicos cubanos fossem americanos ?

O que diria o Ataulfo (**) ?

Um absurdo !

Onde já se viu uma coisa dessas ?

Um diplomata criptocomunista a dar fuga a um comunista explícito, à custa de supostos Direitos Humanos.

Bem que o Saboia com aquela barbicha de petista não enganaria o Ataulfo, sempre arguto !

O Eduardo dos administradores de mega fortunas, e do apoio da UDR, deve ter lido o Ataulfo e bingo !

Vou ser o Álvaro Dias de Pernambuco !

E deu apoio ao diplomata.

Assim, como o Aécio, em nota oficial, segundo a pág. 4 do Globo, a mesma do Ataulfo.

Os dois vão ficar do mesmo tamanho.

É uma marquetagem de quinta categoria.

Estão a escovar as botas do PiG (*).

O que está em jogo não são Direitos Humanos – leia “Dilma e o DOI-CODI”- ou se o Saboia é cripto petista ou cripto tucano.

O senhor Saboia agiu por conta própria.

À revelia do ministro e da Presidenta.

E pronto.

Tomou o carro e partiu.

Onde é que já se viu encarregado de negócios mandar na embaixada, sem consultar os superiores ?

(Sobre o ex-embaixador, que ia para a Suécia, são outros quinhentos …)

Quer dizer que, se fossem presidentes, o Eduardo e o Aécio permitiriam que encarregado de negócios mandasse no pedaço.

E se fosse um General ?

Um coronel, que resolvesse sair por aí a tomar decisões sem consultar o Ministro.

Vamos supor que o chefe de batalhão do Exército, baseado em Recife, resolvesse fechar o porto de Suape, porque vai receber uma refinaria – de Abreu e Lima - de que um regime comunista – o venezuelano – é sócio .

Tudo bem, Eduardo ?

No seu Governo, coronel poderia fazer política externa ?

Rasgar  contrato da Petrobras com a PDVSA ?

Em nome da Democracia ?

E encarregado de negócios ?

Seria o caso de fazer uma consulta aos secretários de Aécio e Eduardo, em Minas e em Pernambuco, e averiguar o grau de autonomia de que usufruem.

Como diria o Chico, essa rapaziada estadual fala grosso com a  Bolívia e fino com os Estados Unidos.

Paulo Henrique Amorim



(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.


(**) Ataulfo de Paiva foi o mais medíocre – até certa altura – dos membros da Academia. A tal ponto que seu sucessor, o romancista José Lins do Rego quebrou a tradição e espinafrou o antecessor, no discurso de posse . Daí, Merval merecer aqui o epíteto honroso de “Ataulfo Merval de Paiva”, por seus notórios méritos jornalísticos,  estilísticos, e acadêmicos, em suma. Registre-se, em sua homenagem, que os filhos de Roberto Marinho perceberam isso e não o fizeram diretor de redação nem do Globo nem da TV Globo. Ofereceram-lhe à Academia.E ao Mino Carta, já que Merval é, provavelmente, o personagem principal de seu romance "O Brasil".