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Lulilma e a opção preferencial pelos pobres

Os tucanuardos do lado de lá optaram pelo "xoque de jestão"
publicado 20/03/2013
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Andre Singer escreveu um livro imprescindível para entender o lulismo.

E previu que esse fenômeno político poderá reprodudizir-se além de Lula e Dilma, desde que seja fiel à sua matriz: os pobres.

Singer lembra que, em 2006, enquanto enfrentava o Golpe do mensalão - que, em 2012, transformou-se no "Mentirão" da Hildegard, com menos efeito eleitoral ainda - o Nunca Dantes percebeu que tinha que aprofundar a sua opção: descer ate à base da pirâmide.

E por em prática aquilo que sugeriu ao Obama: governe para quem precisa de você e é seu amigo.

O Nunca Dantes polarizou a questão eleitoral no Brasil como nunca dantes: pobres do lado de cá, ricos do lado de lá, para usar o "metodo Fernando Lyra"- clique aqui para ler "o imporante é o rumo".

Ele abriu o jogo e a Casa Grande percebeu.

Percebeu que alguém tinha percebido.

O Lula escancarou que o PT e aliados ficam do lado de cá, os tucanuardos do lado de lá - e é o que se vê agora.

No Valor, o PiG (*) cheiroso, na pag. A13, o reporter Humberto Saccomandi faz notavel "análise":

Presidente (com "e" - PHA) parece (sic) querer vincular Francisco aos programas contra a fome dos governos petistas (??? - PHA )

Dilma busca (sic) associar papa à política social.

Como se sabe - é o que o Valor dá a entender nas eclesiásticas entrelinhas -, o redator das homilias do Papa é o ministro Gilberto Carvalho.

A pedido da ministra Thereza Campello, Carvalho encaixou a frase "quero uma Igreja pobre para os pobres" no teleprompter papalino.

O vaticânico correspondente reconhece que o Papa pediu cuidados especiais às crianças, aos idosos, aos mais pobres e aos mais fracos.

Porém, porém, observa ele, estrategicamente instalado na Sistina capela, "até agora esse compromisso se traduziu apenas em gestos simbólicos ..."

Como se sabe, eleito para suceder Pedro, Francisco I já teve tempo suficiente para transformar compromisso em obras.

Essa demora multi- secular tem o peso de uma farsa.

Ele promete só para tapear os governantes populistas da America Latina.

E a Dilma, ingênua ou esperta demais, trata de infiltrar o ministro Carvalho na Santa Sé.

A verdade é que o PiG queria D Odilo para torrar a Dilma no Inferno dantesco.

Agora, cabe vestir em Francisco o manto purpura do Bento XVI, o Papa que entrou na campanha de 2010 ao lado do Padim Pade Cerra.

Dilma se aproxima cada vez mais da forma lulista: pobres vs ricos.

Os beneficiados podem ser a nova Classe Média, os trabalhadores em ascensão, ou o sub-proletario que entrou no mundo do trabalho e do consumo.

Tanto faz.

Eles sabem por onde passa a linha do trem e quem esta do lado de ca e quem ficou do lado de la dos trilhos.

Como torcem para o naufrágio da economia - como diz o Mauricio Dias, quanto melhor para a Dilma pior para o Eduardo - e o  fracasso da Dilma como chefe de Governo, os tucanuardos se apresentam ao PiG como "jestores".

É o "xoque" de "jestão" do Anastasia que o Aecio diz que é dele.

E Suape, que Eduardo diz que é dele.

Suape dos estaleiros, da refinaria e do polo de industria textil que o Lula lá instalou.

Cada um dá o "xoque" que pode.

Ou leva.

Clique aqui para ler "Singer: Eduardo não faz falta. Se e quando vier para a Dilma, não será preciso".

Paulo Henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.