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Mensalão, CPI e Satiagraha. O Gurgel vai condenar o Dirceu ?

Porque, amigo navegante, mensalão, CPI e Satiagraha são uma coisa só
publicado 20/05/2012
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Saiu no Estadão:

'Juiz que começa a agir como justiceiro nega a Justiça'

Defensor do deputado Valdemar Costa Neto no caso do mensalão, Bessa diz que não há provas contra o seu cliente

Advogado do deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP) no mensalão, Marcelo Bessa diz que a pressão da opinião pública e as eleições não interferem no julgamento no Supremo Tribunal Federal. E que o tribunal não atuará como justiceiro. "O STF, como guardião da Constituição, sabe que a essência da Justiça é a criminal. O juiz criminal que inova tipo, faz analogia, estende tipo penal e começa a agir como justiceiro nega a Justiça." Além de negar a existência de provas, reafirma a tese de que houve só crime eleitoral e que o MP inventou a existência de dinheiro público no mensalão apenas para atingir o ex-ministro José Dirceu.

(...)

O MP acusa seu cliente de ter participado desse esquema montado de desvio de dinheiro público para pagamento dos partidos.

A denúncia não imputa isso ao meu cliente. Como é mal escrita, fica parecendo que todas as personagens do enredo têm alguma relação. Não têm. São várias histórias paralelas contadas numa única peça processual. Com relação ao Valdemar Costa Neto a acusação é tão somente de ele ter se associado com quatro pessoas para praticar crimes contra a administração pública, no caso o crime de corrupção passiva, ao mesmo tempo com lavagem de dinheiro. Houve ilícito eleitoral.

O MP afirma ter havido desvio de dinheiro público para obter apoio dos partidos.

O MP precisava pôr uma história qualquer que misturasse dinheiro e votação para pegar a figura central, o José Dirceu. Não teria coerência colocá-lo na denúncia se não houvesse acusação de uso de dinheiro público para obter apoio político. Uma história tão falsa que o MP não conseguiu produzir provas em 5 anos.

Navalha

Os mervais estão aflitos.

Querem que o Supremo julgue o mensalão a tempo de o Ministro Peluso votar.

Como se o Peluso fosse condenar o Dirceu.

Sim, porque os mervais querem condenar o Dirceu, e, aí, condenariam o Lula, a Dilma, o Brizola, o Jango, Vargas e Julio de Castilhos.

Seria a maior vitória da UDN no voto.

Mas, como sempre quando a UDN ganha, só ganha fora das urnas em que o povo vote.

O Conversa Afiada, como se sabe, concorda com o amigo navegante Vander: é a favor de votar o mensalão imediatamente.

Com Peluso ou sem Peluso.

Vamos ver se o Ministro Peluso vai para a aposentadoria levando nas costas uma condenação sem prova.

Ele sabe: um dia uma Comissão da Verdade chega lá e pega no calcanhar do Albernaz.

O Conversa Afiada quer muito ver o Gurgel condenar o Dirceu.

Será um espetáculo imperdível.

Ao Cachoeira, mamão com açúcar (não é, Miro ? - leia o “em tempo”).

A Dirceu, o opróbrio.

Este ansioso blogueiro quer ver.

Agora, se os mervais tem o direito de fixar a pauta de votações do Supremo – será que tem, mesmo ? - este ansioso blogueiro tem uma pauta alternativa e muito mais simples de votar.

Legitimar definitivamente a Operação Satiagraha.

Porque, amigo navegante, mensalão, CPI e Satiagraha são uma coisa só.

O fim melancólico da UDN e sua máxima expressão: o PiG (*).

Em tempo: “mamão com açúcar” era uma expressão que o deputado federal Jorge Leite usava invariavelmente depois de ser eleito com a maquina do então governador (nomeado) do Rio, Chagas Freitas. Chagas tinha o jornal “O Dia” e com ele elegia o Jorge Leite e seu competente repórter Miro Teixeira. Hoje, o Miro, que tantos trabalhos prestou à causa da liberdade de expressão e ao brizolismo dá a impressão de devotar-se aos filhos do Roberto Marinho – eles não tem nome próprio – com a mesma fidelidade com que serviu Chagas Freitas. Se for verdade, Miro caiu para a segundona. O Chagas Freitas dava de 10 a 0 nos filhos do Roberto Marinho.

Clique aqui para ler: "Dias na Carta: assim a sra. Brindeiro prevaricou"

Clique aqui para ler: "Maierovich: mulher de Gurgel confessa que rasgou a lei"

Paulo Henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.