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Humberto Costa nem parece do PT. O NE é um problema para o PiG

Aleluia, Humberto Costa! Ele nem parece do PT, não é isso, Zé Cardozo?
publicado 13/01/2012
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Saiu no Globo, na página 10, mais escondido do que notícia sobre a Privataria Tucana – clique aqui para ler “O Cerra ainda pode ser presidente?”:

"A defesa mais enfática (e por isso mais escondida pelo Globo – PHA ) de Fernando Bezerra (no Senado, em depoimento nesta quinta-feira – PHA) foi feita pelo líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), que falou em preconceito contra “ministro nordestino”. "

Humberto Costa, como se sabe, foi o único líder do PT no Congresso que subiu à tribuna para exigir que seu colega (será ?) de Partido, o Ministro da Justiça, Zé – clique aqui para saber por que os amigos de Dantas o chamam de ”Zé” - investigue as denuncias contidas no livro “Privataria Tucana”, de Amaury Robeiro Junior:

http://www.senadorhumberto.com.br/

Agora, Costa enfia o dedo na ferida: o preconceito contra nordestino  sustentou a campanha para destabilizar a presidenta Dilma Rousseff, através do enfraquecimento de Fernando Bezerra Coelho, Ministro da Integração.

Foi o Estadão, o órgão do PiG (*) que melhor expressou esse preconceito, em “reportagem” sobre a predominância de nordestinos na pasta da Integração.

(O que dizer da predominância de paulistas no Ministério da Fazenda e Banco Central ?)

Na mesma “reportagem”, o Estadão chamou o melhor governador do Brasil – segundo avaliação de instututos de pesquisa que o Estadão consulta -, Eduardo Campos, de Pernambuco, de “coronel moderno”...

Clique aqui para ver entrevista de Eduardo Campos a Paulo Henrique Amorim, quando ele fala da "crise" da enchente, Fernando Bezerra e do preconceito.

E o Alckmin, o Cerra e os que coronelizam São Paulo há 17 anos – são coronéis medievais ?

Convém chamar o proconceito pelo que é: preconceito.

A elite de São Paulo não gosta de nordestino e, se pudesse,  concretizava a aspiração contida na Guerra da Secessão de 1932 - e se descolava do Brasil para ser um grande Porto Rico.

O outro ponto sinistro desse preconceito é que ele se agravará.

Se agravará quando ficar mais claro que o centro da economia brasileira se “desconcentra” aceleradamente - foi o “plano secreto” do Nunca Dantes.

São Paulo não é mais a única locomotiva e, se bobear, será uma grande plantação de açúcar, com um monte de bancos no meio.

Dezessete anos de tucanato em São Paulo ofuscaram qualquer visão estratégica, porque Montoro, Covas, Cerra e Alckmin não pensavam o papel de São Paulo dentro do Brasil, ou quiseram fazer de São Paulo, apenas, um trampolim para governar o Brasil.

A fruto mais exuberante dessa “descentralização” é  que a elite de São Paulo saiu do centro da política brasileira há muito tempo.

Só sobrevive no PiG (*) e, sem ele, não passaria de Resende.

Esse rebaixamento político de São Paulo tem desdobramentos fora de São Paulo.

O PIG (*) é São Paulo-dependente.

Porque o Globope mede São Paulo e porque as agencias de publicidade ficam em São Paulo e não sabem distinguir Caruaru de Cabuçu.

Assim como os neolibelês (**) perderam o Norte, com o desmoramento da ideologia do Consenso de Washington, a Globo e seus colonistas perdem a referência quando o sol que brilha não nasce mais no Palácio dos Bandeirantes nem na Avenida Paulista.

(E muito menos na Casa das Garças, onde habita o novo jenio tucano.)

O Brasil tem que encarar de frente essa questão do preconceito.

Aleluia, Humberto Costa !

Ele nem parece do PT, não é isso, Zé Cardozo ?


Paulo Henrique Amorim



(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.