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Marco Aurélio quis constranger Calmon

O Conselho Nacional de Justiça só volta a se reunir no dia 14 de fevereiro de 2012
publicado 19/12/2011
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O Conselho Nacional de Justiça só volta a se reunir no dia 14 de fevereiro de 2012.

Antes disso, se reunirá o Supremo Tribunal Federal.

Logo, antes que a Ministra Eliana Calmon, da Corregedoria do CNJ, pudesse punir qualquer juiz, o plenário do Supremo pode julgar o mérito da ação que a Associação dos Magistrados move contra a Ministra Calmon, no Supremo (porque o problema dos juizes é com ela …).

Por que, então o Ministro Marco Aurelio Mello emitiu um voto de 40 laudas, que amordaça o CNJ ?

Quarenta laudas !

É por que já estava tudo preparado ?

Talvez, amigo navegante.

Não será o voto do Ministro Melo que vá decidir a questão.

Obrigatoriamente, pela Lei 9868, a ação terá que ir ao plenário do Supremo.

Esta semana, o Supremo poderia ter “pautado” a ação e julgá-la.

Mas, não julgou.

O Ministro Mello, porém,  disse ao presidente Peluso que “estava pronto para votar”, “pediu a pauta “.

E votou.

Por que não esperou até o fim do recesso, em fevereiro, ANTES de o CNJ mandar punir qualquer Juiz?

Para constranger o plenário ?

Difícil.

Os ministros do Supremo dificilmente se deixarão intimidar pelas 40 laudas do Ministro Melo.

Por que o Mello votou, amigo navegante ?

Para constranger, intimidar a Ministra Calmon.

O voto não tem nenhum efeito prático, porque no recesso ela não faria nada.

Foi para passar um pito na Ministra.

De público.

Para o PiG (*) inteiro espalhar pelos quatro cantos que a ação moralizadora da Ministra contra “os bandidos de toga” foi desautorizada por um Ministro que está acima dela.

Na hierarquia formal, da Justiça brasileira.

Mas, não, na hierarquia Moral, aquela que se construiu na alma do brasileiro.

Paulo Henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

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