Socorro à Grécia: bancos ficam com pedaço do mico
Quem mandou avalizar políticas econômicas irresponsáveis, como a da Grécia ?
publicado
21/07/2011
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Saiu no Globo:
Aprovado novo pacote de ajuda à Grécia com valor total de 109 bilhões de euros
BRUXELAS - Os líderes europeus aprovaram nesta quinta-feira um novo pacote de ajuda à Grécia, com o valor total de 109 bilhões de euros (R$ 155 bilhões), além dos 110 bilhões liberados há um ano. A cifra inclui recursos da União Europeia, Fundo Monetário Internacional e bancos privados.
Bancos e outros investidores privados contribuirão com cerca de 37 bilhões de euros (R$ 53 bilhões) trocando papéis da dívida grega por novos títulos com juros mais baixos ou vendendo os títulos de volta à Grécia por um valor mais baixo. A zona do euro irá fornecer alguma forma de garantias para os novos títulos gregos avaliado em "default seletivo", para que os bancos gregos sejam sejam capazes de manter a liquidez.
Os novos títulos gregos terão prazos longos, de até 30 anos e taxas baixas, de acordo com o Institute of International Finance, o grupo que representa os credores do setor privado. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, um dos negociadores do novo pacote, estimou as taxas seriam em média de 4,5% ao ano.
Os líderes da zona do euro também concordaram em fornecer novos empréstimos com prazos de pelo menos 15 anos e taxas de 3,5%, com vencimento em até 30 anos carência de 10 anos.
(...)
O programa não evita que a Grécia dê o calote em algumas obrigações de curto prazo.
O plano prevê que os bancos troquem créditos de curto prazo da Grécia por títulos de longo prazo, até 30 anos.
O que significa que os bancos europeus e americanos vão ter que desvalorizar seus ativos e reduzir a remuneração de seus acionistas e diretores.
Parte do mico será depositada no balanço dos bancos.
Quem mandou emprestar mal ?
Quem mandou avalizar políticas econômicas irresponsáveis, como a da Grécia ?
O má notícia é que ainda não se sabe se a Grécia aguenta o aperto que vem por aí.
A boa notícia é que o mundo não vai acabar.
Paulo Henrique Amorim