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Dilma - II - o que mudou foi a Ley de Médios

O prazo de validade da política suicida e anti-nacional se esgotou no Dilma-1
publicado 01/01/2015
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O PiG tenta fixar a agenda e nesse 1 de janeiro prevê que o Governo se dedicará ao "ajuste fiscal".

Quem definiu esse fenômeno com muita propriedade foi Néstor Kirchner, que sucedeu Carlos Meném, parceiro de privatarias neo-libeles do nosso derrotado (4 vezes) Príncipe da mesma.

Kirchner, El Flaco, tirou o segundo lugar com 22% dos votos no primeiro turno (Meném fugiu do segundo turno, que não se realizou) e nem por isso fez um governo "fraco".

Ele foi quem disse que a prioridade é a Política - e, no caso do Brasil, também a Geografia, que impõe o Nacionalismo.

Que esse negócio de reduzir tudo à Economia e ao "ajuste" é coisa de neolibeles e, portanto, privateiro - como Meném, que, como a Marta que é Suplicy , também traiu: o peronismo.

Logo após a posse, na Assembléia da ONU, disse que era filho das Mães da Praça de Maio.

Depois, botou os presidentes torturadores na cadeia - como se vê em Cristina 7 X 1.

Também no Governo Dilma há uma predominância do Econômico.

O Chefe da Casa Civil, por exemplo, é um Economista para toda obra.

Mas, apesar das aparências e dos deslizes anacrônicos do Ministro Levy, que tombou em Leningrado, o que há de novo não é o "ajuste".

Lula fez um e Dilma teria que fazê-lo.

O importante é que "ajustar" não é "mudar".

A troca de marcha não muda a direção do veículo.

No Dilma-II, quando ela será um JK de Saias, com a valiosa colaboração do Barbosa, de quem não se pode esquecer, o mais relevante é a Ley de Medios.

O novo Ministro das Comunicações, Berzoini, uma boa notícia, tem mais biografia petista que Bernardo Plim Plim.

O PT quer a Ley de Medios, por decisão  de um Congresso Nacional.

É muito difícil Berzoini rasgar uma decisão soberana do Partido, repetidamente reiterada por Lula.

Não há o risco de Berzoini ser entrevistado pela Veja e escarnecer o PT e a Ley de Médios, como fez o Plim Plim.

Também a nomeação de Juca Ferreira é reveladora: ele quer a Ley de Medios.

A Cultura brasileira tal como a conhecemos breve não existirá mais, porque se afogará nas músicas, nas peças e nos filmes da Globo.

Dizia o Tom Jobim, e olha ele que não conheceu o axé ou a música sertaneja: "a música tal qual a conhecemos não existe mais".

Para cada CD de Gil em homenagem a João Gilberto há mil de Ivete e Claudia Leite - para não citar Valeska Popuzuda !

E a Língua Portuguesa depois das punhaladas do Faustão e do Galvão ?

Juca sabe o que é isso.

Ele, vice de Gil, criou os Pontos de Cultura, onde se tenta preservar um mínimo de autenticidade.

No sotaque, na cor, na gíria, no palavrão, no Jorge Amado.

Ou no Tom.

Dilma-II não escapará da Ley Medios.

O prazo de validade da política suicida e anti-nacional se esgotou no Dilma-I.

Paulo Henrique Amorim