PIG

Você está aqui: Página Inicial / PIG / 2012 / 04 / 01 / Globo protege a Veja. E pede desculpas

Globo protege a Veja. E pede desculpas

Censura na Globo: Moreno apaga ironia sobre conexão Veja-Carlinhos Cachoeira.
publicado 01/04/2012
Comments


Saiu no Amigos do Presidente Lula uma descrição inenarrável de corporativismo e piguice (é assim mesmo, amigo revisor. Obrigado ! - PHA) (*):

Censura na Globo: Moreno apaga ironia sobre conexão Veja-Carlinhos Cachoeira



Na Globo, jornalista demotucano pode até estar envolvido em esquema de corrupção do calibre de Carlinhos Cachoeira, que está acima do bem e do mal, e não pode ser criticado, segundo uma nota na rádio Moreno, onde diz:


"Independentemente da condição de respeitabilidade que usufrui no meio o jornalista Policarpo Junior, não considero correto que um blog de jornalista agrida outro jornalista".


Chega até a ser escárnio, ler na tela de "O Globo" que "Reza o bom jornalismo que a denúncia em si não é notícia. Só depois de apurada e ouvida as partes envolvidas". Coisa que a Globo se lixa quando se trata de políticos que o jornal toma como inimigos políticos.


São "dois pesos e duas medidas", como se diz no popular.


Centenas de denúncias levianas e estapafúrdias contra políticos que apoiam os governos Lula e Dilma, ou contra os próprios Presidentes,  nunca foram censuradas nas organizações Globo, por mais absurdas e desmentidas que fossem.


Já valeu até "reporcagens" baseadas apenas no gó-gó do ex-presidiário Rubnei Quicoli, sem qualquer apuração que sustentasse denúncias mirabolantes "como reza o bom jornalismo".


Já uma única ironia sobre o editor da revista Veja, Policarpo Júnior, supostamente pego com a boca na botija em 200 ligações telefônicas com Carlinhos Cachoeira, escrita pelo jornalista Theofilo Silva, no blog Rádio Moreno, foi apagada, e substituída por um pedido de desculpas à revista Veja e seu editor.


A Globo só não consegue apagar e censurar as redes sociais. Eis o texto apagado que já caiu na rede:


A Cachoeira do Carlinhos

THEÓFILO SILVA


Corre um boato em Brasília que tem gente que “caiu na cachaça”, na cidade, que está tomando porres – de Scotch Blue Label, claro – fazendo festa, comemorando. O motivo seria a desgraça do Catão de Goiás, o implacável caçador de corruptos, senador Demóstenes Torres. Eles estariam eufóricos, porque o homem que os apontou, quando da operação Caixa de Pandora, aquela que afastou todo o governo do Distrito Federal, está provando do mesmo remédio que lhes ministrou, e é agora vítima da Operação Monte Carlo da polícia federal.


Os exultantes farristas seriam, entre muitos outros, o ex-governador de Brasília José Roberto Arruda e sua quadrilha. Desculpem, turma, aquela mesma que perdeu os cargos públicos e passou boas semanas no Presídio da Papuda – belo nome para um presídio. Dizem que tem corrupto chorando de emoção, abraçando a família, mandando rezar missas, pagando promessas, até soltando fogos, por se sentir vingado, vendo o colega de partido, que não teve condescendência com eles, ser acusado de crimes mais graves do que o deles. “Nada como um dia atrás do outro”, estão dizendo os ex-deputados expulsos do DEM pela pronta ação de Demóstenes na executiva do Partido. Vemos que nem toda desgraça produz somente dor. A euforia das vítimas do Savonarola do Senado é uma prova de que a vingança é mesmo um prato servido frio! Em sua cruzada ética pelo país, qualquer homem público acusado pela imprensa, polícia, promotoria, tinha em Demóstenes, o senador promotor, um rápido julgamento.


Vamos esquecer Demóstenes um pouco, e falar do seu querido amigo e professor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Shakespeare diz em uma de suas peças que: “O dinheiro é o melhor soldado, quando ele vai à frente todas as portas se abrem!”. Cachoeira seguia essa premissa, pois saiu derramando dinheiro pra tudo quanto é lado.


Será que o apelido Cachoeira é porque ele faz o dinheiro jorrar facilmente para as mãos de seus amigos: Demóstenes, Valdomiro, Leréia e outros? O Jornal Nacional mostrou um vídeo em que Cachoeira comenta que despejou três milhões de reais nos baldes do senador. E é só o começo, a polícia federal calcula que o montante chega a cinquenta milhões de reais!


Cachoeira conseguiu derramar seu dinheiro na Secretaria de Segurança Pública de Goiás, onde teria mais de 250 pessoas nomeadas, e outros servidores públicos trabalhando para ele, dentro da polícia federal, ministério público, poder judiciário, e por aí vai. Vários deles estão presos. Como água, que entra em todo canto, Cachoeira espalhou-se por dentro do Estado, minando as instituições públicas. Para acumular esse dinheiro, e comprar essas autoridades todas, Cachoeira explorava os jogos caça-níqueis por todo o estado de Goiás e entorno de Brasília. Para isso, contava com apoio do senador mais respeitado da República, o procurador de justiça Demóstenes Torres.


O fato é que, a Cachoeira do Carlinhos inundou o Estado, derramando dinheiro sobre todos aqueles que facilitavam seus crimes. Sem concorrentes, controlando um negócio ilícito, de lucro fácil, o contraventor podia comprar qualquer um. Um dos outros envolvidos por Cachoeira estaria o poderoso editor da revista Veja, Policarpo Júnior, que falou com Cachoeira mais de duzentas vezes por telefone. Se você compra a imprensa e as autoridades públicas, o que mais falta para ser o dono do Estado?


O grande problema do Cachoeira é que, numa Cachoeira quanto mais água ela jorra, mais incontrolável ela fica, então, do mesmo jeito que ela pode banhar os seres que vivem em torno dela, também pode afogá-los. De certa forma, foi isso que aconteceu com essa turma toda, a Cachoeira que os engordou, acabou por afogá-los! Tem tanta gente afogada nessa história, que ainda não deu tempo de ver os corpos! Eles vão começar a aparecer agora! Demóstenes é o primeiro deles.


Theófilo Silva é articulista colaborador da Rádio do Moreno.



(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.