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Lula: da saída da prisão à saída do Palácio

“Não sou aquilo que o Itamar chamava de 'percevejo de Palácio' "
publicado 14/03/2012
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Na noite de autógrafos do Ricardo Amaral, autor do indispensável “A vida quer é coragem – a trajetória de Dilma Rousseff, a primeira presidenta do Brasil”, nesta terça-feira, em São Paulo, o ansioso blogueiro encontrou Fernando Morais.


Fernando contou que escreve, neste momento, um livro sobre “um pedaço” da vida do Nunca Dantes – da saída da cadeia, em abril de 1980, à saída do Palacio do Planalto.

Não se trata de uma biografia, ele explica.

Fernando já fez várias gravações com o Lula, inclusive quando se submetia à quimio.

Interrompeu agora para retomar, assim que Lula estiver plenamente apto.

Várias pessoas que “gravitaram em torno” do Lula já foram entrevistadas.

Fernando explica que só esteve duas vezes no Palácio, quando Lula era o presidente.

“Não sou aquilo que o Itamar chamava de 'percevejo de Palácio' ", explica.

Mas, estava no Sindicato dos Metalurgicos, quando o Ministro do Trabalho, Murilo Macedo,  mandou uma tropa de choque para intervir no sindicato – com o Lula lá dentro.

Fernando acha que deve dedicar os próximos dois anos ao projeto.

Enquanto isso, com 50 mil exemplares vendidos, ele acaba de negociar com um investidor brasileiro os direitos para filmar “Os últimos soldados da Guerra Fria”.

Com Vicente Amorim, que dirigiu o excelente “Corações Sujos”, Fernando se comrpometeu a escrever o roteiro de um filme sobre a Operação Peter-Pan, que, em 1960, pouco depois de Castro chegar ao poder, retirou de Cuba 14 mil crianças, para que não fossem comidas pelos pais comunistas …

Muitos filhos da Peter-Pan estão hoje em Miami – um deles é o embaixador dos Estados Unidos em Madrid.

Já tem alguma bomba sobre o Lula ?, o ansioso blogueiro pergunta.

Não, quando tiver te aviso, ele responde.

Ao lado, de ouvido espichado, uma colonista (*) do PiG (**).

Paulo Henrique Amorim

(*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta  costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse  pessoal aí.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.