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Ações da Petrobras bombam

Chora, Moro, chora !
publicado 24/04/2015
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As ações ON da Petrobras, em boa parte vendidas na Bolsa de NY - onde o FHC tentou torrar a empresa a preço de Vale -, subiam, às 16h15 dessa sexta-feira (24/4), 4,41%.

Tinham chegado a 5% de alta.

Em Nova York, as ações da Petrobras foram ontem as mais negociadas.

Hoje, no Brasil, também.

As ações PN subiam 2,4% às 16h15.

Um horror (para quem acreditou no Moro e no PiG e vendeu ou não comprou ações da empresa...) !

O Globo Overseas também tentou manipular uma informação da diretora de Exploração e Produção, Solange Guedes: "ate o pré-sal entra no ajuste".

O Conversa Afiada procurou a Petrobras para saber se o Globo estava certo - ou seja, insinuar que a situação da empresa é tao desesperadora, que ela vai vender o pre-sal à Chevron, a preço de Vale.

Responde o setor de comunicação social da empresa:

A Petrobras reafirma que não vai fazer desinvestimentos em ativos de produção do pré-sal. No entanto, a companhia está analisando com atenção o desinvestimento em ativos do pré-sal em estágio inicial de exploração e também o compartilhamento de riscos com parcerias estratégicas.


Ou seja, como anunciou o Bendine, desde o início de sua gestão - que já livrou a empresa das garras do Moro - o pré-sal e o regime de partilha são imexíveis.

Pertencem ao povo brasileiro - como definou, com meridiana clareza, o Haroldo Lima.

Por que as ações da Petrobras sobem tanto ?

Veja a resposta com quem entende do assunto, o Fernando Brito:


Por que a Petrobras sobe tanto (exceto nos jornais, claro)?



Sem que isso renda, claro, algum tipo de manchete, segue acima de qualquer expectativa a valorização das ações da Petrobras.

No momento em que escrevo, passa de US$ 10 o valor da ADR da empresa em Nova York e a ação ordinária toca os R$ 15 na Bovespa.

Há pouco mais de um mês estes valores eram pouco mais da metade.

Há razões objetivas, – aliás, válidas para a Vale, também – essencialmente a elevação do preço do petróleo (como a do minério de ferro) e razões subjetivas.

Entre estas, a razão é que a campanha de terror sobre a empresa atirou para muito mais baixo o valor de seus papéis, com os espertalhões gritando “vendam, vendam!” e deprimindo preços.

Todo o mercado sabe que aquilo que o balanço da empresa divulgou é muito menos importante como reflexo da realidade econômica da empresa do que como o “preço” que a empresa pagou – o real e o de percepção – por um ano de bombardeio impiedoso.

Da mesma maneira, não se pode fazer projeções irresponsáveis com a disparada das ações da empresa.

Há muito movimento de curto prazo, com gente realizando lucros de compra na baixa ou zerando suas posições que estiveram desesperadoras nos piores momentos.

Mas é fato que estes têm encontrado compradores.

Hoje, a Fitch seguiu a Standard & Poors e retirou a perspectiva de revisão (evidente que para pior) da Petrobras.

Curioso, não é, que uma empresa que corta seu patrimônio e anuncia prejuízos seja vista com este “otimismo” pelo mercado?

“Enxugamento” da Petrobras e redução (ou postergação) de investimentos e alienação de ativos menos rentáveis eram todos previsíveis desde a queda dos preços do petróleo.

O “mercado” é muito mais esperto que a imprensa. A especulação com a Petrobras não terminou: vai ter alguns dias de “sinal trocado” para tomar (mais) dinheiro dos incautos.

A Petrobras, como o Brasil, precisa voltar à normalidade.



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