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Dilma não vai renovar concessões do FHC

Serão R$ 133 bilhões investimentos. É o maior investimento em logística no mundo, fora da China!
publicado 20/08/2012
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O Governo Dilma vai renovar as concessões do Fernando Henrique ?

Não. Prevalecerá o interesse público e os preços serão menores.

Essa é uma das respostas que o Ministro dos Transportes Paulo Sérgio Passos deu ao ansioso blogueiro na entrevista que vai ao ar nesta segunda-feira, às 22h15, no Entrevista Record Atualidade, na Record News.

Entre as concessões que serão revistas “pra baixo” estão a ponte Rio-Niterói, a Dutra e a BR 040, que corta Minas, por dentro, em direção ao Rio.

O Programa de Investimentos em Logística – em que a Presidenta dá um show de Keynes - prevê duplicar as rodovias brasileiras.

E duplicar as ferrovias - se for levado em conta o que se usa hoje.

A Presidenta falou que não haverá demagogia, e as tarifas das novas concessões serão menores … dentro do possível.

O ansioso blogueiro perguntou se “dentro do possível” significava que as tarifas serão menores dos que as de hoje.

Sim !, respondeu o Ministro. Muito menores.

Com o tempo, será possível recuperar o transporte ferroviário de passageiros.

O trem-bala não está nesse programa.

Faz parte de um programa já em curso, que se acelerará para aliviar o transporte de ônibus, carro e avião entre Rio, São Paulo e Campinas.

A EPL, Empresa de Planejamento e Logística, que nasce de dentro do projeto do trem-bala, será subordinada ao Ministério dos Transportes.

Ela terá a função de coordenar a integração de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos.

A EPL poderá, inclusive investir diretamente, como empreendedora, ou criar uma subsidiária para investir – ou seja, dentro do princípio keynesiano, defendido pela Presidenta: incentivar a iniciativa privada e deixar o Estado com o pé na porta.

O ansioso blogueiro pergunta o que significava a expressão usada pela Presidenta: dar ao Brasil uma infra-estrutura do “tamanho do Brasil”.

Por exemplo, explica Passos, a ligação ferroviária de Açailândia, no Maranhão, ao Porto de Vila do Conde, no Pará, com a integração à ferrovia Norte/Sul, o que permitirá uma economia de 4.500 km de frete para entregar grãos no Porto de Santos.

Lucas do Rio Verde, no coração de Mato Grosso, na mais rica fronteira de grãos do país, se ligará por ferrovia a Uruaçu, em Goiás, e de lá para os portos de Vitória ou do Rio.

As rodovias BR 163, 267 e 262 permitirão, desde o limite com Mato Grosso, a integração da Grande Dourados, em Mato Grosso do Sul, uma área que produz 5 milhões de toneladas de grãos por ano.

São Paulo se ligará ao Sul por ferrovias de alta capacidade de transporte.

Ferrovias de Jundiaí a Manuel Feio, de Ouro Fino a Evangelista de Souza, e de Ribeirão Pires ao Porto de Santos dotarão São Paulo de uma rede muito mais eficiente, mais barata e que vai desafogar o transporte de carga dentro da cidade de São Paulo.

Serão R$ 133 bilhões investimentos – R$ 80 bilhões concentrados nos próximos cinco anos.

É o maior investimento em logística no mundo, fora da China !


Paulo Henrique Amorim