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Dilma sopra e morde a indústria

Ela quer agredir o problema do chamado “custo Brasil”: os impostos, a infra-estrutura, e a tarifa de energia.
publicado 17/07/2012
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O ansioso blogueiro convida o amigo navegante a seguir uma  sequência de notícias:

Câmara aprova MP 564 que concede incentivos à indústria nacional

17/07/2012  
Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Câmara dos Deputados aprovou há pouco a Medida Provisória 564 que, em conjunto com a MP 563 – aprovada na noite de ontem (16) pelos deputados – cria o Plano Brasil Maior e concede incentivo à indústria nacional. As duas MPs foram editadas pelo Executivo com o objetivo estimular a economia e combater os efeitos da crise econômica internacional no país.
A MP inclui novos setores no Programa Revitaliza do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiar empresas que foram afetadas pela crise. A matéria ainda injeta R$ 45 bilhões do Tesouro Nacional no BNDES para ampliar sua capacidade de fornecer crédito de longo prazo.
O texto também prevê a elevação de R$ 209 bilhões para R$ 227 bilhões no limite de financiamentos do BNDES com subvenção da União para modernização do parque industrial, desde que os recursos sejam usados para inovação tecnológica e agreguem valor às cadeias produtivas.
Ainda há outro dispositivo que promove a redução do custo de financiamentos para máquinas e equipamentos, ampliando prazos e aumentando os níveis máximos de participação.
Um ponto criticado por vários partidos da oposição é a proposta contida na MP de criação da Agência Brasileira Gestora de Fundos e Garantias S.A. De acordo com o texto, a União fica autorizada a participar de fundos dedicados a operações de comércio exterior ou projetos de infraestrutura de grande vulto. Um destaque para suprimir essa parte do texto foi rejeitado pelo plenário na votação de hoje.
Contudo, o nome da empresa foi alterado para Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias. A mudança foi proposta para limitar a atuação da empresa.
A votação das duas MPs (563 e 564) só foi possível porque partidos da base e da oposição chegaram a um acordo para suspender a obstrução que vinha sendo feita desde a semana passada. Com isso, também será possível votar ainda hoje a Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) de 2013 na Comissão Mista de Orçamento e no plenário do Congresso. Pela Constituição Federal, o recesso parlamentar vai de 18 a 31 de julho, mas só pode ocorrer depois da aprovação da LDO.
Edição: Talita Cavalcante


Saiu no Valor:

Dilma lança pedra fundamental de estaleiro na Bahia

MARAGOJIPE - A presidente Dilma Rousseff lançou, na manhã de hoje, a pedra fundamental do Estaleiro Enseada do Paraguaçu (EEP). Em cerimônia simbólica, a presidente, Jaques Wagner, governador da Bahia, e executivos das empresas que formam o consórcio do estaleiro reuniram em um baú uma foto aérea do local do empreendimento, a planta do projeto e artigos que, segundo a cultura japonesa, garantirão boa sorte à construção do estaleiro.
O EEP é formado pela Odebrecht Engenharia Industrial, a OAS, e UTC Engenharia. Conta com a parceria tecnológica da Kawasaki Heavy Industries. O estaleiro demandará investimentos de R$ 2 bilhões e deverá ser concluído em 2014, mas poderá iniciar operações já no ano que vem.
O empreendimento será voltado à construção e integração de unidades offshore, como plataformas, navios e unidades de perfuração. Uma das empresas que poderão ser beneficiadas pela produção do estaleiro é a Petrobras.

Saiu no Blog do Planalto:

Iremos transformar a crise em oportunidade, afirma presidenta Dilma ao batizar plataforma P-59

A presidenta Dilma Rousseff afirmou hoje (13), em Maragojipe, na Bahia, ao participar da cerimônia de batismo da Plataforma P-59, que vai transformar a crise econômica internacional em oportunidade para o Brasil melhorar as condições de produção.
“Nós progressivamente iremos transformar a crise em uma oportunidade para cada vez mais melhorar as condições do nosso país de produzir, crescer, aumentar sua renda e distribuir (…) O meu governo, eu posso assegurar a vocês, está atento para garantir que o nosso país, diante desta situação internacional, tenha um desempenho o melhor possível e saia dessa crise aproveitando oportunidades que sempre uma crise traz”, afirmou a presidenta.
Dilma afirmou que o governo está removendo entraves ao crescimento econômico sustentável do país ao reduzir as taxas de juros e os impostos. Segundo ela, o governo também trabalha para diminuir os custos da produção.
“Nós queremos de forma sistemática diminuir os custos no Brasil, não da forma como eles estão fazendo lá fora, que é reduzir o salário e os ganhos sociais que os trabalhadores conquistaram ao longo de toda uma história e uma vida de lutas. Nós queremos reduzir os nossos custos baseado na redução dos impostos e na capacitação cada vez maior da nossa força trabalho. O nosso caminho não é o caminho de tirar direito dos trabalhadores. O nosso caminho é outro”, disse.
A presidenta disse que o Brasil, ao contrário de alguns países europeus, buscará que os bônus, as vantagens e os lucros do desenvolvimento sejam distribuídos à população. Segundo Dilma, o governo fará concessões em várias áreas para assegurar uma taxa crescente de investimento e de geração de emprego.


Navalha

Por que a sequência é reveladora ?

Poucos devem ter percebido, mas a Presidenta anunciou aos poucos uma política que se materializará no início de agosto.

Faz duas semanas que o Ministro Guido Mantega não trabalha noutra coisa.

Ela vai anunciar:

concessões para a construção de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos;

vai desonerar investimentos além do que o Congresso aprovou hoje;

vai reduzir o custo da energia elétrica;

e desatar os nós que ainda travam grandes projetos de infra-estrutura.

Ela avisou que vai gastar alto.

E que vai se associar ao capital privado nacional e estrangeiro, como no Estaleiro Enseada de Paraguaçu.

Ela quer agredir o problema do chamado “custo Brasil”: os impostos, a infra-estrutura, e a tarifa de energia.

O amigo navegante se deu conta do papel que pode desempenhar essa Agência Brasileira Gestora de Fundos e Garantias ?

Depois de “soprar” a indústria, ela vai entrar na fase de “morder” a indústria.

Chega de choro !

Trate de ser eficiente, inove, modernize-se, aprenda a competir, e sebo nas canelas.

E pare de botar a culpa no Governo.

E no câmbio.

E na China.

Vai ser interessante.

Em agosto, na hora de começar a campanha eleitoral, ela vai jogar pesado.

O Aécio Never que o diga …

Basta ver o estrago que ela fez na campanha para prefeito de Belo Horizonte.

Paulo Henrique Amorim