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Valor celebra Keynes. Dilma não deixou peteca cair

Talvez preferisse ver a economia brasileira do tamanho da grega
publicado 21/02/2012
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O jornal Valor acaba de prestar comovente homenagem ao grande Lord Keynes.

E aos presidentes Nunca Dantes e JK de saias.

Que souberam usar o crédito público - especialmente do BNDES -  para anabolizar o consumo do brasileiro e botar a Petrobras para investir e dar emprego a brasileiros.

Que beleza, que vitalidade !

Tudo em benefício do brasileiro, objetivo último dos dois - e de Keynes.

O amigo navegante perceberá pelo trecho a seguir que o artigo do Valor prega exatamente o oposto.

Está muito preocupado com a dívida.

Talvez preferisse ver a economia  brasileira do tamanho da grega:

Crédito pós-crise foi para consumo

Por Claudia Safatle


Entre dezembro de 2008 - auge da crise financeira internacional - e dezembro de 2011 - auge da crise de dívida soberana nas economias desenvolvidas - o crédito no Brasil cresceu 10,7 pontos percentuais, passando de 38,4% do Produto Interno Bruto (PIB) para 49,1% do PIB. Cerca de 77% dessa expansão foi produto da ação dos bancos públicos.


Do aumento, apenas 3,4 pontos percentuais do PIB foram destinados às empresas e desses, 3,3 pontos do produto foram de responsabilidade do BNDES. Ou seja: sem o BNDES, o crédito bancário para a realização de negócios no país estaria hoje onde estava há pouco mais de três anos. O que cresceu foi o crédito para consumo.


O processo pós-crise de 2008, portanto, representou uma inversão radical em relação ao que vinha ocorrendo três anos antes. De 2005 a 2008 a expansão do crédito no país foi de 12,2 pontos percentuais do PIB, dos quais 7 pontos do produto destinaram-se às empresas e desses, apenas 1,1 ponto percentual foi da alçada do BNDES.


Expansão aumentou a dívida pública


O crescimento da oferta de empréstimos e financiamentos incentivou pouco os investimentos. Em 2011 a formação bruta de capital fixo correspondeu a cerca de 19,5% do PIB, uma performance parecida com a de 2008.


A engenharia montada para transferir recursos públicos ao BNDES e desse para o Banco do Brasil, para a Petrobras e para o setor financeiro e real da economia, gerou uma rede de complexas interconexões, com um resultado líquido e certo: o aumento do endividamento público.