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Dilma brilha no G-20: o Brasil é um exemplo

O jornal nacional trata mais da crise da Grécia do que o Bom Dia Atenas
publicado 05/11/2011
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Saiu no Valor:

Brasil está entre 7 países do G-20 com finanças relativamente fortes

CANNES - O Brasil está entre os sete países do G-20 com finanças públicas "relativamente fortes", que se comprometem a tomar medidas adicionais para estimular a demanda doméstica se a economia global piorar.

Saiu no Globo, pág. 34

“Turbulência (sic) Global”

“Brasil capta US$ 1 bilhão com juros menores.”

“Tesouro Nacional emitiu títulos para 2041 e, mesmo com crise global, demanda foi elevada e as condições, mais favoráveis”

A oferta inicial foi de US$ 500 milhões.

Como a demanda era firme, o Tesouro pôde vender o dobro.

Na venda anterior, o Brasil pagou juros de 5,8%.

Agora, no auge da “turbulência (sic) global” se comprometeu a pagar 4,7%.

Que horror !

Navalha

Na Guerra Fria, prevaleceu a Teoria do Dominó.

Se o Vietnã caísse, o mundo virava comunista.

Se o Brasil caísse, a América Latina virava comunista.

E assim os jenios Geisel e Golbery – leia o “Em tempo” - tiveram a ideia de salvar a Democracia Brasileira, com a ajuda da CIA do Coronel Walters e do Pentágono, do embaixador Gordon.

Agora, ressurge a Teoria do Dominó.

O PiG (*) brasileiro dá mais destaque à crise grega do que os jornais da Grécia.

Na esperança de que, se a Grécia cair, o mundo vá à bancarrota e o Governo trabalhista do Brasil desmorone junto.

Dilma será enterrada nos escombros da Acrópole.

(Ou nos escombros do Projac, já que o jornal nacional trata mais da crise da Grécia do que o Bom Dia Atenas.)

A Teoria do Dominó mostrou-se uma fraude.

Serviu para os jenios da América Latina, como o Geisel e o Golbery, botar os lideres trabalhistas na cadeia e na cadeira do dragão.

O Vietnã caiu e o mundo não se tornou comunista.

E a China queria que os Estados Unidos vencessem no Vietnã.

Como demonstra o livro “On China”, de Henry Kissinger.

No meio da “turbulência”, a Dilma tira de letra.

Dilma sai do G-20 como líder de um país de “economia exemplar”.

E olha que a Urubologa está férias.

Se não, a turbulência seria muito maior.

Em tempo – Como se sabe, o historialismo- mistura de Historia com Jornalismo e não é uma coisa nem outra – dedica a Geisel e Golbery o papel que, nos Estados Unidos, desempenham Washington e Jefferson – são os Fundadores da Democracia Brasileira. O Brasil é como o papel: aceita tudo !

Paulo Henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.