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PNBL do Bernardo: para as telefônicas não muda nada

O PNBL do Paulo Bernardo não garante levar a banda larga à zona rural.
publicado 05/07/2011
Comments

- O que as telefônicas vão ter que fazer de diferente do que fazem hoje ?

- Nada muito diferente. Aliás, hoje no mercado já há ofertas melhores do que as do Plano Nacional de Banda Larga.

Este diálogo se travou – não é literal - entre este ansioso blogueiro ( “ansioso” foi o adjetivo que o blogueiro mereceu do Ministro Paulo Bernardo) e Samuel Possebon, diretor editorial da publicação Teletime, a mais respeitada publicação brasileira do ramo das telecomunicações.

A entrevista completa vai ao ar nesta terça-feira, às 22h15, na Record News, logo após o programa do Heródoto Barbero.

A banda larga vai ser “universal” – ou seja, chegar a todos os lares brasileiros, do Oiapoque ao Chuí ?

Não.

O PNBL do Bernardo não garante levar a banda larga à zona rural.

Vai custar mesmo os R$ 35 ?

Sim, se você só quiser banda larga no celular.

(E baixar todos os vídeos e áudios que quiser, pelo celular.)

Se quiser também no telefone fixo vai pagar a assinatura básica (o que já é um abuso) e R$ 65 por mês.

O Bernardo vai entregar um mega de velocidade ?

Bom, hoje, elas entregam 10%.

Se tudo correr bem, vão entregar os 40% que a Presidenta pediu.

E se a telefônica não cumprir o que prometeu – nem os 40% ?

Vá se queixar à Anatel.

E a Anatel responde rápido à reclamação ?

Às vezes leva dez anos.

As telefônicas serão obrigadas a cumprir normas rígidas de qualidade ?

A Anatel se comprometeu a defini-las até outubro.

E se elas não cumprirem ? Vão pagar alguma multa ?

Se quiserem, transformam a multa em dinheiro em antecipação de investimento.

Não precisam pagar em dinheiro.

Não.

Pano rápido

Navalha

Então, amigo navegante, é com esse Plano Nacional de Banda Larga que o Ministro Bernardo disse que ia combater o PiG (*), não é isso ?

Pano rapidíssimo.

 

Paulo Henrique Amorim

 




(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.