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SEBRAE: Nunca Dantes construiu uma nação capitalista

No programa “Entrevista Record Atualidade”, este ansioso blogueiro entrevistou Luiz Barreto, presidente do SEBRAE
publicado 28/06/2011
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No programa “Entrevista Record Atualidade”, que vai ao ar nesta terça-feira às 22h20, logo depois do Heródoto Barbero, na Record News  (que tem o dobro da audiência da Globo News), este ansioso blogueiro entrevistou Luiz Barreto, presidente do SEBRAE.

Nesta segunda feira, iniciou-se a 3ª. Semana do Empreendedor Individual que vai a seis capitais e tem o objetivo de chegar ao Empreendedor Individual (EI), essa nova categoria de empresa que a Lei Geral de Micros – do Nunca Dantes -, de 2006, criou.

Para ser um EI ele tem que ter um faturamento mensal em torno de R$ 3 mil e não mais do que um empregado.

Quem se credencia como EI passa a pagar um imposto mensal de R$ 27 – segundo determinação da Presidenta Dilma (que vai ter um monte de dinheiro para gastar com a nova descoberta do pré-sal).

A Presidenta anunciou isso em junho, na solenidade em que se comemorou o credenciamento de um milhão de EIs.

Agora, o numero subiu para um milhão e 200 mil – informou Barreto na entrevista.

Ao entrar para a formalidade, o EI passa a ter direito a CNPJ, à Previdência, a abrir conta de pessoa física em banco e a levantar dinheiro em banco para crescer.

Quem é o EI ?

Barreto acaba de tirar do forno uma pesquisa com o perfil do EI, concluída em 20 de junho.

O empreendedor brasileiro - um dos países do mundo que mais tem empreendedores – é, na maioria: mulher e jovem na faixa dos 24 anos que tem ensino médio.

15% têm ensino universitário ou parte dele.

Quando Barreto perguntou por que você saiu da informalidade para se tornar um EI, a resposta de 60% foi: porque quero ser empresário capitalista.

Ser o seu próprio patrão.

Os empresários típicos são mulheres que precisam cuidar dos filhos, reforçar a renda da família e, por isso, de um horário de trabalho flexível.

São costureiras, manicures, vendedoras, cabeleireiras.

Entre os homens, há um grande contingente de EIs ligados à construção civil, por causa do boom do Minha Casa, Minha Vida.

Barreto acredita que essa primeira leva de EIs captou os “antenados”, os empreendedores que tiveram notícia de que havia essa nova figura e essas vantagens.

Agora, cabe ao SEBRAE ir atrás deles.

(É bom lembrar que neste mesmo programa da Record News – e aqui no Conversa Afiada, Teresa Campelo, ministra do “Brasil sem Miséria”, informou que 80 mil dos novos EIs eram beneficiários do Bolsa Família.)

(Como se sabe, o Padim Pade Cerra tratou o Bolsa Família como equivalente ao resíduo sólido)

Da mesma forma, cabe aos bancos ir atrás desses novos empresários.

Apenas 12% - segundo a pesquisa – pegam dinheiro em banco.

Há um mercado fértil aí, à frente deles.

O ansioso blogueiro lembrou que, enquanto administrou o Banco Postal dos Correios, o Bradesco incorporou ao seu patrimônio de correntistas aproximadamente 10 milhões de pessoas.

O Banco do Brasil ganhou a concorrência para administrar o Banco Postal e contratou Mohammed Yunnus, o prêmio Nobel da Paz que fundou em Bangladesh um banco para pobres – na maioria mulheres – que não precisam dar garantia para levantar um empréstimo.

Barreto lembrou que o Crediamigo do Banco do Nordeste é uma experiência semelhante e também muito bem sucedida.

No Crediamigo você não dá garantia, mas tem que levar cinco amigos para assinar o compromisso com você.

Ou seja, são cinco “sócios” que torcem para que sua empresa vá para a frente.

Na Semana do Empreendedor Individual, o SEBRAE ensina noções de contabilidade – não se esquecer de dar lucro ... – e a comprar bem e a vender bem.

Eu perguntei ao Barreto se o Lula não tinha sido o maior presidente capitalista do Brasil.

A resposta, às 22h20, na Record News (que tem o dobro da audiência da Globo News).


Paulo Henrique Amorim