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Suape é uma revolução em Pernambuco. O pernambucano quer voltar

publicado 22/04/2010
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“Aqui só não tem emprego quem não sai de casa.”

É a frase do Carlos, garçom do restaurante Beijupirá, de Porto de Galinhas, perto de Recife.

A meia hora dali fica Suape.

Suape é um porto e um distrito industrial de 14 mil hectares (o maior porto da Europa, Roterdã, tem 5 mil ha).

Tem 96 empresas.

20 plantas em construção.

 

 

A General Motors do Brasil também vai para lá.

São investimentos de US$ 20 bilhões, o que é igual a 28 anos de investimentos privados em Pernambuco.

Hoje, Suape emprega, diretamente, 30 mil pessoas.

Quase todos recrutados na região metropolitana de Recife – muitos, filhos de cortadores de cana e pescadores.

Suape será o destino de um ramal da Trans-Nordestina, o que se concretizará ano que vem.

(O outro será Pecém, no Ceará.)

No PAC2, Suape vai construir um terminal açucareiro, um novo terminal de containeres e um terminal de granéis sólidos.

A maior obra de Suape é a Refinaria Abreu e Lima, da Petrobrás, em parceria com a PDVSA, da Venezuela.

 

 

(Abreu e Lima foi um militar pernambucano que lutou ao lado de Simon Bolívar.)

A refinaria é a primeira que a Petrobrás constrói em 30 anos.

Ocupará 630 hectares, ou seja, o equivalente a 630 campos de futebol.

Vai produzir, em 2012, 22 mil barris de petróleo por dia.

Em 2010, a refinaria emprega 9 mil trabalhadores.

Custará US$ 13 bilhões.

Em torno da Abreu e Lima serão instaladas unidades para produzir matéria prima para um pólo de indústrias têxteis.

Em torno de Abreu e Lima vão trabalhar seis estaleiros.

E o Brasil voltará a ser um dos fortes produtores mundiais de navios: “a retomada da indústria naval acontece em Pernambuco”, diz Inaldo Campelo, diretor de gestão de Suape.

 

 

Dia 3 de maio, o presidente Lula vai lançar ao mar o primeiro deles.

O estaleiro Atlântico Sul, da Camargo Corrêa, Queiroz Galvão e da Samsung tem 22 embarcações contratadas, mais o casco da plataforma P-55.

 

 

92% dos funcionários do Atlântico Sul são pernambucanos.

A Bunge tem em Suape o maior moinho da América do Sul.

Suape tem a ambição de ser um centro produtor de plataformas e sondas para atender à demanda do Pré-Sal.

Suape permitirá que um navio chegue em 7 dias ao porto de Nova York, e, em 9 dias, a Roterdã.

Num raio de 800 km, Suape atinge 7 capitais do Nordeste, que representam 90% do PIB nordestino.

O governador Eduardo Campos criou doze escolas técnicas em doze micro-regiões de Pernambuco.

Uma delas fica em Suape, que já qualificou 3.800 jovens.

Tem um SENAI dentro de Suape.

O Hospital D. Helder Câmara está em construção.

O sistema de transportes integrará ao sistema de metrô e de transporte de toda a região de Recife.

O Governo de Pernambuco não quer reproduzir Camaçari, na Bahia, onde, ao lado de um complexo petroquímico, houve favelização.

Eduardo Campos criou 5 universidades e um Centro de Pesquisa Nuclear.

Eduardo Campos criou também um Centro Fármaco-Químico.

Uma Cidade Digital já existe nas instalações do antigo porto de Recife, com mais de cem empresas.

Suape vai recuperar a casa grande do engenho Massangana, onde viveu Joaquim Nabuco.

 

 

Em 2009, o PIB de Pernambuco cresceu 3,8%, enquanto o do Brasil caiu 0,2%.

Pernambuco, sob Eduardo Campos, cresceu muito acima da média brasileira.

É uma China dentro do Brasil.

É a nova locomotiva do Brasil.

“Enquanto pernambucano, devemos tirar o chapéu para o Lula. Ele ajuda não só Pernambuco, mas o Brasil. Muitos pernambucanos já estão voltando, ” disse Campelo.

Eduardo Campos tem 43 anos.

Ele dá de 10 a 0 no José Serra, o “economista competente” que não é um nem outro.

Segundo o pernambucano Fernando Lyra, Eduardo Campos será presidente do Brasil.

 

Georgia Pinheiro e Paulo Henrique Amorim

Clique aqui para saber mais sobre Suape.