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Centrais vão às ruas contra Temer nesta terça

Não vamos pagar o pato do Golpe!
publicado 15/08/2016
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Via CUT:

Movimento sindical realiza nesta terça-feira, 16, o Dia Nacional de Mobilização e Luta por Emprego e Garantia de Direitos

A CUT, CTB, CSP, CGTB, Força Sindical, Intersindical, NCST e UGT realizam no dia 16 de agosto, o Dia Nacional de Mobilização e Luta por Emprego e Garantia de Direitos.

Além de paralisações nos locais de trabalho – bancos, fábricas etc., - de uma, duas horas ou a manhã inteira, haverá atos em frente às sedes das principais federações patronais em todas as capitais do Brasil.

Em nota divulgada na última sexta-feira, as centrais sindicais que organizam o ato reiteraram sua posição de não aceitar qualquer proposta ou negociação com que visem retirar direitos trabalhistas e previdenciários da classe trabalhadora. Também não Serpa negociada qualquer proposta que precarize ainda mais as relações de trabalho. E foi justamente com o objetivo de defender os direitos da classe trabalhadora que conclamaram suas bases a participar do ato,

Em São Paulo, o ato será em frente à sede da Fiesp, que fica na Avenida Paulista, 1313, a partir das 10h. Depois, trabalhadores seguirão em passeata até o escritório da Presidência da República - Av. Paulista, 2163.

OBS.: A lista com todos os endereços e horários de atos em todo o Brasil está no final do texto.

Não vamos pagar o pato

Um dos maiores desafios do movimento sindical brasileiro hoje é defender os direitos da classe trabalhadora, que estão sendo atacados pelo Congresso Nacional e pelo governo federal, e impedir que milhares de trabalhadores sejam demitidos.

A ampliação da terceirização que explora, mutila e mata; a flexibilização de direitos trabalhistas e a reforma da Previdência Social são algumas das ameaças que o atual governo está tentando aprovar. Se não houver resistência, luta e muita pressão, podemos ter mais desemprego, o fim da CLT e da política de valorização do salário mínimo, além de aposentadoria só aos 70 anos.

É isso que empresários, como o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, e da CNI, Robson Andrade - aquele que falou em aumentar a jornada para 80 horas semanais - querem.

“Os empresários financiaram o golpe de Estado e agora estão cobrando a conta. Acham que nós é que vamos pagar. Estão enganados. Esse pato não é nosso”, diz o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas.

Segundo Vagner, o Dia Nacional de Mobilização é um alerta ao governo e aos empresários. “Vamos resistir, vamos lutar para impedir o aumento da exploração e a retirada de direitos. A mobilização do dia 16 é um dos passos dessa resistência rumo a uma greve geral.”

Para ele, não é possível aceitar qualquer retrocesso nos direitos sociais. Uma das principais ameaças do momento é a tentativa de implantar o negociado sob o legislado. Neste caso, as relações entre empregado e patrão ditam as regras que ficarão acima dos direitos garantidos pela CLT.

“Não é porque os sindicatos têm medo de negociação ou são acomodados com a legislação. É porque o empresário brasileiro não avança para ter uma relação de igual para igual, muito pelo contrário. O que acontece hoje é uma campanha mundial contra os sindicatos”, argumentou Freitas.

“Aceitamos o negociado sob o legislado, desde que seja negociado com o trabalho mais do que está na CLT. Aceitamos desde que seja uma proposta melhor para o trabalhador, nada mais do que isso”, conclui o presidente da CUT.

O secretário-Geral da CUT Nacional, Sérgio Nobre , alerta que esse será um dia extremamente importante, “pois estamos vivendo a maior onda de retirada de direitos da nossa história. Existem vários projetos no Congresso Nacional que ameaçam os direitos dos trabalhadores. O principal é o que autoriza a terceirização irrestrita, inclusive na atividade fim, isso pode criar empresas sem trabalhadores. Esse governo interino e golpista está querendo privatizar tudo, inclusive a Petrobras, querem dar o nosso pré-sal para o capital estrangeiro. Há ainda um projeto que propõe o fim do reajuste salarial. Ou seja, motivos não nos falta, todos os trabalhadores têm motivos para sair às ruas no dia 16 e protestar.”

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