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Uma Defesa forte. Do tamanho do Brasil

Ninguem "ajusta" a Dilma. Quem "ajusta" a Dilma é a Dilma
publicado 03/01/2015
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Da agenda da Presidenta, logo após a posse:

(...)

Durante a conversa com o Primeiro-Ministro da Suécia, Stefan Löfven, a Presidenta disse esperar que, no segundo mandato, Brasil e Suécia possam fortalecer a parceria  bilateral e manifestou a intenção de realizar visita àquele país. No campo da defesa, a Presidenta Dilma Rousseff afirmou que a compra pelo Brasil de caças Gripen NG inicia uma nova fase de cooperação bilateral, pautada pela transferência de tecnologias e conhecimento e que permitirá oportunamente a atuação conjunta dos dois países junto a outros mercados na região.

(…)

Na reunião com o Vice-Presidente da China, Li Yuanchao, a Presidenta Dilma Rousseff afirmou que a Parceria Estratégica Global com a China  terá tratamento prioritário durante o segundo mandato. Nesse contexto, considerou importante a realização no Brasil, em 2015, da IV Reunião da Comissão Sino-Brasileira de Concertação e Cooperação (COSBAN), bem como da II Reunião do Diálogo Estratégico Global entre Chanceleres, na China. A Presidenta assinalou que o o Brasil tenciona aprofundar a cooperação com a China na área espacial e disse que o lançamento, em dezembro passado, do satélite CBERS-04 abriu novo capítulo na colaboração bilateral em alta tecnologia. A Presidenta demonstrou satisfação com o interesse de empresas chinesas em investir em ferrovias no Brasil e considerou “promissor” o Diálogo Brasil-Peru-China sobre a Ferrovia Transcontinental.

Navalha

Se o amigo navegante perguntar por que um politico com a biografia de Wagner foi para a Defesa, aí estão duas respostas.

Porque, como a Educação – veja o que disse Haddad da escolha de Cid - , a Defesa será um eixo novo do Dilma-II.

Aqui, como na Argentina de Kirchner, a Economia, o tal “ajuste” do PiG, cede espaço ao que de fato interessa: Educação e Saúde ( reforçados pelo dinheiro do pré-sal) e o nacionalismo, onde Aldo Rebelo e Jaques Wagner terão papel central.

O acordo dos Gripen se explica por si mesmo.

O Brasil vai abrir a caixa preta da tecnologia, produzir aqui e daqui exportar

Ao lado dos suecos da Saab-Scania, dona dos Gripen, e velha parceira do ABC brasileiro – foi o que disse o prefeito de São Bernardo, Luis Marinho, em entrevista ao ansioso blogueiro.

A construção de satélites com a China revela outro aspecto desse nacionalismo que o pré-sal impõe.

Serão vitais numa politica de controle de estações espaciais que orientarão os submarinos nucleares e os Gripen.

Como se sabe, um dos atos mais servis do entreguismo de Fernando Henrique – além de criminosamente assinar o Tratado de Não-Proliferação da Armas Nucleares – foi vender as duas estações espacias na Privataria Tucana.

Hoje, os dados das Forças Armadas brasileiras têm que alugar um pedacinho do transponder que acabou nas mãos do mexicano-americano Slim.

Esse é o FHC, o presidente que fazia sucesso lá fora.

O Brasil constrói nesse momento seus submarinos a diesel-eletricidade e, breve, a propulsão nuclear, com tecnologia francesa – e domínio da caixa preta.

E suas estações espaciais e foguetes sino-brasileiros.

Espaços nas estações podem ser alugados a vizinhos do Mercosul e, alem de universalizar a banda larga, como se viu nos vários artefatos que vão fulminar a Globo, permitirão que o Brasil readquira a soberania no espaço.

Será o tiro na nuca na politica entreguista dos tucanos.

(Sem nenhuma alusão aos condenados com tiro na nuca, na China …)

A Presidenta mudou a agenda.

Vai deixar o PiG se enredar no “ajuste” do Levy.

O PiG se esquece que ninguém ajusta a Dilma.

Quem ajusta o Governo dela é ela.

Não é isso, Mercadante ?

 

Paulo Henrique Amorim