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Dilma: vazamento é "muito estranho"!

E o papel da Justiça ?
publicado 10/10/2014
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Em entrevista coletiva, a Presidenta Dilma Rousseff afirmou achar “muito estranho” o vazamento dos depoimentos  à Justiça Federal do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e do doleiro Alberto Youssef. A candidata à reeleição defendeu a punição aos culpados “ doa a quem doer”.

"Essas informações ainda estão sob sigilo. Eu acho muito estranho em meio ao período eleitoral, que haja uma investigação como essa.  Sou a favor que se puna os corruptos e corruptores. A investigação tem que ser feita sem qualquer outro tipo de intervenção. Eu considero incorreto divulgar parcialmente em período eleitoral”, disse a Presidenta no Palácio da Alvorada nesta sexta-feira (10).

Na última quinta-feira  (9), a Justiça Federal do Paraná divulgou áudios dos depoimentos prestados pelo ex-dirigente e pelo o  doleiro. Ambos são réus no processo da Operação Lava Jato, e foram ouvidos pelo juiz Sérgio Moro. "Não é a justiça do Paraná que autoriza a delação premiada.É o Supremo. A justiça do Paraná não tem essa abrangência. Nós precisamos saber quem autorizou essa delação premiada", declarou a candidata.

“Assim que acabar a eleição, ninguém se responsabiliza por ela.  Eu acredito e por isso que eu acho muito estranho essa ação dessas gravações. Não há provas.  Por isso que eu digo que tem que ter muito cuidado com a impunidade.  Eu defendo que a justiça cuide desse processo e que haja provas. E que se apresente parte das provas e dos depoimentos”, continuou Dilma.

A Presidenta citou as propostas para combater a corrupção em um possível segundo mandato, defendeu a reforma política e criticou a forma como as denúncias de desvio de recursos públicos eram tratadas nas gestões do PSDB, à frente do governo federal.

"Eu propus no meu governo acabar com a impunidade e assim condenar os corruptos.  E criar uma estrutura nos tribunais superiores e tornar a punição mais dura.  Essas medidas são fundamentais e são essenciais para combater a corrupção. Outra questão, a notificação da legislação, que defina o enriquecimento ilícito de qualquer servidor público.  Sem a reforma política, nós não conseguiremos combater a corrupção.  E é preciso ter a participação de cada um dos brasileiros. Tem a ver com esse do financiamento privado de campanha”, prosseguiu.

"O PSDB antes tinha o engavetador da República. Comigo a  Polícia Federal tem autonomia.  O Ministério Público também se manteve com autonomia e independência. Eu não varro os problemas para debaixo do tapete, como eles (PSDB) fazem”, finalizou Dilma.



Alisson Matos, editor do Conversa Afiada


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