Brasil

Você está aqui: Página Inicial / Brasil / 2014 / 07 / 14 / Arquibancada era escandinava !

Arquibancada era escandinava !

O fracasso da seleção é dela própria, pois quem domina o futebol é a elite branquela.
publicado 14/07/2014
Comments

 

 

 


​De ​de ​I​rani ​L​ima no Face do C Af:

PHA, me desculpe por usar tanto espaço em seu Face, mas tenho que desabafar...

"ARQUIBANCADA ESCANDINAVA

A Copa terminou com a vitória do Brasil fora de campo, em termos de organização de um megaevento futebolístico, de hospitalidade, de mobilidade urbana e de belezas naturais que os “gringos” jamais esquecerão.

Se a final da Copa das Copas tivesse sido disputada na Suécia ou na Dinamarca, teríamos um público de branquelos como o que lotou o Maracanã na tarde/noite de domingo (13/07) para ver a Alemanha derrotas a Argentina por 1 a 0 e sagrar-se campeã do mais importante torneio de futebol do mundo.

Já li artigos em que se pede a “escandinavização” do Brasil como solução para todos os nossos problemas – parlamento mais enxuto, vida franciscana para os nossos dirigentes, que iriam ao trabalho em carro próprio, pagariam alugueis por suas casas/apartamentos, etc e tal.

De forma enviesada, atribuem nossas mazelas aos últimos 12 anos de governos trabalhistas, quando se levantou o tapete e mostrou-se que a corrupção brasileira é praticada, sim, pela elite branca, a mesma que vaiou Dilma na final da Copa das Copas e pôde pagar a exorbitante quantia de até R$ 2 mil para assistir a um jogo de futebol.

Os negros não estavam na arquibancada escandinava do Maracanã. Três negros – Carlinhos Brown, Alexandre Pires e um cantor de rap, que não sei quem é – fizeram a alegria dos branquelos ao lado das musas Shakira e

​Ivete Sangalo​.
A carranca da presidenta Dilma Rousseff tinha razão de ser!

O povo não participou da festa in loco. Assistiu a final em casa, no barzinho ao lado dos amigos ou nas fã-fest que estiveram lotadas ao longo da competição.

Galhardamente, a presidenta enfrentou a burguesia sem um sorriso no rosto, mas com a certeza que os favelados que moram em frente ao Maracanã e não puderam festejar o fim da Copa das Copas em campo responderão á elit4e escravagista que inundou os estádios da Copa das Copas.

Nos 31 dias de competição, o número de negros na arquibancada escandinava da Copa das Copas foi mínimo. Talvez, apenas os negros africanos do Gana, Camarões, Nigéria, Costa do Marfim e Argélia (esta mais branca que negra).

Quantos negros uruguaios, colombianos e equatorianos vimos torcendo por suas seleções na Copa? A Argentina e o Chile são países à parte, com pouca ou nenhuma descendência africana. Quantos negros argentinos você conhece? E negros chilenos?

O Brasil sempre importou pé-de-bola negra do Uruguai, do Equador e da Colômbia. Você é capaz de lembrar algum negro argentino ou chileno jogando bola em nossos estádios?

Os negros na final da Copa das Copas estavam lá para trabalhar: eram os seguranças no entorno do gramado, que sequer podiam dar uma olhadela para o campo enquanto a bola rolava.

Interessante: o único negro em campo era Jérôme Boateng, de origem ganesa, da seleção alemã. Os demais eram brancos.

Portanto, as vaias dirigidas a Dilma partiram dos mesmos branquelos que vaiaram Lula na abertura dos Jogos Panamericanos em 2007 no auge do “mensalão”, que a elite tentou impingir ao trabalhismo.

A elite branca, que tem síndrome de vira-latas, com o apoio da mídia golpista e suas canetas de aluguel, fez o possível e o impossível para empanar o brilho da Copa, acreditando que teria força para subjugar a expectativa e a esperança do povo brasileiro.

Não conseguiram. Agora esta mesma elite branca quer debitar na conta da presidenta Dilma Rousseff o fracasso da seleção brasileira, quando o fracasso é dela própria, pois quem domina o futebol brasileiro é uma elite branquela.

Quantos dirigentes ou técnicos de futebol negros você conhece? Me lembro de apenas dois: Hélio dos Anjos e Cristóvão. Ok! Luxemburgo pode entrar nesta conta, na categoria “mulato”, como muitos mulatos mais “brancos” que muitos brancos que estão por aí, no meio de nosso futebol.



Em tempo: o jn do Gilberto Freire com "i" (*) - clique aqui para ver o que o Dr Roberto diz dele e da Globo na Copa  - deu mais tempo ao Agripino Maia do que à Dilma no balanço que a Dilma fez da Copa - clique aqui para ler "O Brasil é o pais do futebol, e do trabalho sério".

Sobre o Agripino Maia, convém lembrar desse poster da campanha em que o Cerra tomou uma surra de um poste, em 2010 (depois de tomar outra, em 2002):





(*) Ali Kamel, o mais poderoso diretor de jornalismo da história da Globo (o ansioso blogueiro trabalhou com os outros três), deu-se de antropólogo e sociólogo com o livro “Não somos racistas”, onde propõe que o Brasil não tem maioria negra. Por isso, aqui, é conhecido como o Gilberto Freire com “ï”. Conta-se que, um dia, D. Madalena, em Apipucos, admoestou o Mestre: Gilberto, essa carta está há muito tempo em cima da tua mesa e você não abre. Não é para mim, Madalena, respondeu o Mestre, carinhosamente. É para um Gilberto Freire com “i”.




Clique aqui para ler
“A elite branca se esconde como os black blocs”

Aqui para “Deficiente no Maracanã vaia a elite branca”

E aqui para “As vaias: por que eu gosto da Alemanha”