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Petrobras não abre mão do conteúdo nacional

O Globo Overseas prefere criar emprego em Cingapura
publicado 18/03/2014
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A manchete do Globo Overseas dessa terça-feira é um monumento ao entreguismo.

E à parcialidade.

Como se sabe, o Globo tem um problema com a Petrobras, desde os tempos de Vargas e do dr Roberto – o Globo, como os tucanos, prefere a Petrobrax.

(Nos tempos do Dr Roberto, ele preferia a Esso. Dá no mesmo.)

O Globo prefere, como os tucanos, que a Petrobras, já que existe, compre em Cingapura.

Como ia fazer o Fernando Henrique, que pretendia dar emprego a construtora de plataforma continental em Cingapura.

Foi preciso o Lula ser eleito e refundar, com a Petrobras, a indústria brasileira de construção naval – aquela que o Fernando Henrique ia afundar.

E, agora, a Presidenta Dilma pôde dizer que o Brasil será o maior produtor de plataformas continentais do mundo.

(A Urubóloga cortou os pulsos...)

A presidente da Petrobras, Graça Foster, ajudou a Ministra das Minas e Energia, Dilma Rousseff, a formular a política de “conteúdo nacional”: 60% dos produtos que a Petrobras compre tem que ser nacionais.

Para dar emprego no Brasil – e não em Cingapura …

Hoje, o Globo chutou o balde.

Na primeira pagina, eufórico, proclamou: “Graça diz que conteúdo nacional não é prioridade (!)”.

Como se coubesse a ela e não à Dilma enterrar a política …

Lá dentro, na seção dita de “Economia”, o toque de humor sutil:

“ 'Made in Brazil' ou não – Graça diz a empresários do setor naval que exigência de conteúdo nacional não é prioridade. Foco é produzir mais”.

Antes que o jenio do Adriano Pires – agora “consultor” do Aécio Never – elogie a “nova” Graça, o ansioso blogueiro - que, quando crescer, quer ser o Adriano Pires - recorreu a fonte na própria Petrobras.

Ela mandou dizer aos mancheteiros da Globo Overseas:

A presidente Graça não abandonou o conceito, muito menos a política de conteúdo nacional, tão cara para o governo, para a Petrobras, e para a indústria brasileira. O que a presidente enfatizou ontem foi a determinação da Petrobras, já anunciada, de aumentar sua produção, cujas metas estão estabelecidas em nosso Plano de Negócios 2014-2018 e Plano Estratégico Visão 2030. E para aumentar a produção, a Petrobras precisa que a indústria cumpra rigorosamente os prazos de entrega de obras e projetos, a preços atraentes para a companhia.

É bom ressaltar, Paulo, que ontem a presidente passou uma mensagem para a indústria de forma geral, de qualquer país, como frisou, e não apenas para a indústria nacional: "os projetos da Petrobras são desafiadores para qualquer indústria. Precisamos que vocês cumpram prazos e ofereçam preços compatíveis". Mas não questionou a política de conteúdo nacional. Essa é uma realidade inquestionável para a Petrobras, há regras e percentuais a serem cumpridos, e estamos cumprindo
.”


Navalha

Engraçado.

Os jornalistas do PiG (*) só defendem o “conteúdo nacional” para a indústria da comunicação …

Clique aqui para ler “Ley de Medios, por que não copiar ?"

 

Paulo Henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

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