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Aécio roda, roda e cai no colo dos EUA

Os americanos vão pegar o Brasil pelas costas, com o punhal dos tucanos.
publicado 04/01/2014
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A excelente edição especial da Carta Capital que está nas bancas - “Um Plano de Governo” - oferece artigos formidáveis.

O ansioso blogueiro recomenda, por exemplo, a aguda análise do professor Alfredo Bosi sobre a Educação; o professor Fabio Konder Comparato - “em toda a nossa História, o povo sempre esteve ausente da vida política”; e o Ministro Franklin Martins.

Com impiedosa didática, Franklin mostra que a Ley de Medios brasileira seria radicalmente democrática se respeitasse, apenas, e nada mais do que está na Constituição de 1988 e a Globo Overseas (que ele trata de “gigantesco império mediático”) não deixa regulamentar.

O ansioso blogueiro recomenda também uma longa e oca entrevista com Aécio Never.

É uma planície sonolenta de mediocridade que o jenio do Dudu Campos critica tanto.

Mas, mesmo no plano, duas informações se sobressaem.

A primeira: ele pretende submeter o regime de partilha do pré-sal a ampla discussão publica, ou seja, no PiG (*), e sem viés ideológico: quer dizer, com o confronto das desinteressadas ideias da Urubóloga e do Adriano Pires – ah !, quando eu crescer quero ser o Adriano Pires.

Tradução: ele quer entregar o pré-sal à Chevron, como já tinha prometido ao lançar sua candidatura (que só tem futuro nas colonas (**) do Ataulfo Merval (***) - clique aqui para ler sobre o Dudu e a Bláblá entalados em São Paulo.

Fiel à tradição tucana, Aécio seguiria os passos do Cerra – no WikiLeaks - e do Príncipe da Privataria, que fundou a Petrobrax e afundou a P-36.

Bem que o Saul Leblon tinha notado, na Carta Maior, que o Aécio, quando fala do pré-sal – ou se omite - é um ato falho – que Freud e José Hugo Castelo Branco – que Deus o tenha ! - explicam.

A segunda revelação – na planície que esconde mais do que revela – é a “política externa independente” do Aécio.

Ele prega “uma relação mais pragmática de política externa e de política comercial. A Aliança do Pacífico, o bloco de países liberais (sic) da América Latina, como Colômbia (que entregou o combate ao narcotráfico aos americanos - PHA), México (em que o Presidente Fernando Henrique Peña Nieto entregou o pré-sal aos americanos - PHA), o Peru e o Chile (ainda não disseram ao Aécio que a Bachelet ganhou a eleição de goleada contra a “liberal” pinochetiana – PHA), é um caminho a seguir.”

Que caminho é esse, amigo na navegante, a assim chamada “Aliança do Pacífico”, que o senador pelo Rio (não mexa nisso, revisor, por favor) “seguir” ?

Não basta ir muito longe para entender que roda, roda, roda e o tucano Aécio cai no colo dos Estados Unidos.

Nesta mesma edição da Carta há outro excelente artigo, de Antonio Luiz M. da Costa, de título “Um Caminho pelo Século XXI”.

Antonio Luiz mostra que, em declínio, o Império Americano concentra suas forças no Pacífico.

(Talvez por entender que o Atlântico seguirá outra liderança … - PHA)

A Comunidade do Pacífico, ou “Aliança do Pacífico” é um projeto do interesse nacional americano.

Essa “comunidade”, segundo Antonio Luiz, que inclui a Colômbia, Peru e o Chile, aliados ao México (agora definitivamente transformado num mega-Porto Rico cheio de petróleo - PHA) é uma forma de os Estados Unidos enfrentarem a China – e o Brasil !

O seja, os Estados Unidos pegariam o Brasil pelas costas !

Com o punhal dos tucanos !

Antonio Luiz considera que combater a Aliança do Pacífico, hoje, para o interesse nacional brasileiro, é tão importante quanto foi sepultar a ALCA, como Lula e seu excelente chanceler, Celso Amorim, souberam fazer !

O Príncipe da Privataria esteve com um pé na ALCA.

O Padim Pade Cerra prometeu enterrar o Mercosul.

Aécio quer se banhar nas águas americanas do Pacífico.

Antes, vai tirar os sapatos.

Os tucanos tem essa mania.

Clique aqui para ler sobre o Gripen e a Defesa do pré-sal.


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (*) que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

(***) Ataulfo de Paiva foi o mais medíocre – até certa altura – dos membros da Academia. A tal ponto que seu sucessor, o romancista José Lins do Rego quebrou a tradição e espinafrou o antecessor, no discurso de posse. Daí, Merval merecer aqui o epíteto honroso de “Ataulfo Merval de Paiva”, por seus notórios méritos jornalísticos,  estilísticos, e acadêmicos, em suma. Registre-se, em sua homenagem, que os filhos de Roberto Marinho perceberam isso e não o fizeram diretor de redação nem do Globo nem da TV Globo. Ofereceram-lhe à Academia. E ao Mino Carta, já que Merval é, provavelmente, o personagem principal de seu romance “O Brasil”.