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Banco Rural: MP livrou a cara da Globo

MP fala grosso com o PT e fino com a Globo
publicado 27/09/2013
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O Conversa Afiada decidiu aprofundar-se numa denúncia do incansável Stanley Burburinho (quem será ele ?).

Trata da forma suave, carinhosa até, de o Ministério Público Federal, do Dr Antonio Fernando e, depois, do Dr Gurgel – que o senador Collor, da tribuna do Senado, chama de prevaricador - considerar a participação da Globo – aquela de moleques, segundo o senador Requião, da tribuna do Senado- nas operações do Banco Rural  que incriminaram o PT.

O MP fala grosso com o PT e fino com a Globo – é isso, amigo navegante ?

Agora, aqui entre nós: e esse Bessinha, hein ? Anda impossível … Coitado do Chico Caruso ...

Leia o que Murilo Silva, editor do Conversa Afiada, apurou:

Ao consultar o famoso inquérito 2245 - o inquérito que deu origem ao Mensalão – o incansável amigo navegante Stanley Burburinho encontrou menção à Globo Comunicações e Participação.

O inquérito 2245 teve origem na Justiça de Minas,  e foi registrado no STF  no dia 26 de julho de 2005, porque alguns dos investigados tem foro privilegiado.  

Desse inquérito surgiu a denúncia que o Ministério Público Federal apresentou, um ano depois.


O trecho para o qual  Stanley Burburinho chama a atenção é o que trata da "Gestão Fraudulenta de Instituições Financeiras".

Basicamente, trata dos empréstimos supostamente fictícios que o Banco Rural fez ao PT e à SMP&B, agência de Marcos Valério.

A Justiça questionou o Banco Central sobre esses empréstimos e, em fevereiro de 2005, o Banco Central instalou uma “Verificação Especial” na área de crédito do Banco Rural (PT 0501301503).

O BC teria constatado uma série de indícios de gestão fraudulenta  nesses empréstimos. Eles seriam incompatíveis com as normas de risco correntes no mercado.

No caso do PT e de Marcos Valério esses empréstimos chegavam a 296 milhões, 10% da carteira do banco.

O banco dissimulou os riscos sobre os empréstimos, segundo o BC.  

O que se lê na página 90 é que, nesse relatório do Banco Central, o (PT 0501301503), além dos empréstimos firmados com o PT e Marcos Valério, aparecem outros contratos suspeitos, com outros clientes.

Entre as pessoas físicas e jurídicas, o relatório cita:


- Moinho de Trigo Santo André S/A;

- Banktrade Agrícola Imp. Exp.;

- Tupy Fundições Ltda.;

- Globo Comunicações e Participações;

- ARG Ltda;

- Securinvest Holdings S/A;

- Ademir Martines de Almeida;

- Agroindustrial Espírito Santo do Turvo;

- Agrícola Rio Turvo;

- Cia. Açucareira Usina João de Deus;

- Usina Carola S/A;

- Viação Cidade de Manaus Ltda.;

- Amadeo Rossi S/A;

- João Fonseca de Goes Filho;

- Enerquímica Empreend. Participações;

- Noroeste Agroindustrial S/A.


O inquérito 2245 sugere que fosse aberta investigação especifica para investigar os indícios de gestão fraudulenta levantados pelo relatório do Banco Central.

Até onde se sabe, a investigação não foi aberta.


Veja os documentos:



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