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Delegado inculpa brindeiro Gurgel. Globo põe a mão no fogo por ele

Saiu no Estadão: Base do governo quer convocar procurador-geral na CPI do Cachoeira.
publicado 09/05/2012
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Saiu no Estadão:

Base do governo quer convocar procurador-geral na CPI do Cachoeira


BRASÍLIA - A base do governo no Congresso pretende usar o depoimento do delegado da Polícia Federal Raul Alexandre Marques para convocar o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, a prestar esclarecimentos à CPI do Cachoeira sobre sua atuação no inquérito que investiga o envolvimento de políticos com a quadrilha do bicheiro.


Líderes do PT e de partidos aliados vão discutir uma possível oitiva de Gurgel, sob o argumento de que na terça-feira, 8, o delegado deixou claro que há indícios de prevaricação por parte do procurador ao tratar informações da Operação Vegas que incriminavam o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) e os deputados Carlos Leréia (PSDB-GO) e Sandes Júnior (PP-GO).


Gurgel recebeu o caso em 2009, mas não pediu autorização para investigá-lo ao Supremo Tribunal Federal (STF), tampouco devolveu peças da operação à primeira instância, o que a manteve congelada até este ano, quando foi desencadeada a Operação Monte Carlo.


De acordo com o relato de parlamentares presentes à sessão, Marques disse que a Vegas ficou inconclusa. O inquérito foi remetido ao procurador em 15 de setembro de 2009. A subprocuradora da República Cláudia Sampaio foi designada para analisá-lo e, no mês seguinte, informou ao delegado não ter encontrado elementos jurídicos que fundamentassem um pedido de investigação ao Supremo "A partir disso, não podia fazer mais nada", teria dito o policial à CPI.


Um dos argumentos do governo pela convocação do procurador é que, embora não tenha encontrado indícios em 2009, Gurgel usou este ano, na denúncia apresentada ao STF, após a Operação Monte Carlo, várias peças do inquérito da Vegas.


"A subprocuradora, em nome do procurador, disse que não tinha elementos que indicassem crime e (o caso) ficou parado até hoje. Foi preciso uma nova operação para a sociedade conhecer essa organização criminosa. Ele(Gurgel) precisa explicar por que não fez nada. Se não tem crime, ele tinha que ter arquivado ou pedido à Justiça novas diligências", cobrou o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP).

Navalha

Mas, a Globo resolveu blindar o Gurgel.

No jornal da Globo, do William Traack, segundo o amigo navegante Belisário, o notável repórter Heraldo Pereira jogou o peso da autoridade Moral e o Poder Político da Globo na defesa irrestrita do brindeiro Gurgel.

Sem restrições.

Como disse o notável repórter, a Globo “não tem dúvida nenhuma” da honorabilidade do brindeiro.

Nenhuma !

Governo e oposição discordam de sigilo no depoimento na CPI do Cachoeira.

Depois de assegurar que “Rupert Civita não é Robert(o) Murdoch”, agora a Globo põe a mão no fogo pelo Gurgel.

Isso é que “jornalismo”!

 



Em tempo: por uma questão de coerência, o notável repórter deveria avisar ao espectador que move uma ação contra este ansioso blogueiro que foi abraçada pelo Ministério Público de Brasília.

Será essa, amigo navegante, uma forma de  usar um bem público – o espectro eletro-magnético – em  benefício de interesses pessoais?

Será que a Globo agora delega esse Poder Incomensurável a seus “notáveis “repórteres”, também?  

Clique aqui para ler “Gilmar, Kamel e Heraldo – como PHA se defendeu”.

Em tempo 2: sobre o notável editorial do Globo, leia também o que disse o Eduardo Guimarães:

Globo faz defesa inepta de Civita e aumenta suspeitas


Há algumas semanas, recebi ligação de um amigo que veio me sugerir uma estratégia, de que blogueiros que cobram investigação das suspeitas contra a Veja por seu envolvimento com o bicheiro Carlinhos Cachoeira concentrassem o foco na revista. Para esse amigo, seria um erro de estratégia disparar contra outros veículos da grande mídia.


À época, até achei que aquele amigo poderia ter razão. Ainda assim, disse-lhe que achava perda de tempo porque tinha quase certeza de que outros veículos tentariam proteger o “Publisher” da Editora Abril e sua revista por saberem que se as culpas de um e da outra fossem provadas, a regulação da mídia se tornaria inevitável.


(...)



Paulo Henrique Amorim