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Cerra foi contra o Real. Que Marinho precisou aprovar

O Conversa Afiada reproduz e-mail que recebeu de amigo navegante do Paraná.
publicado 04/05/2012
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O Conversa Afiada reproduz e-mail que recebeu de amigo navegante do Paraná, que não quer se identificar:

Prezado Paulo Henrique,


Sou fã do Conversa Afiada. Envio nota publicada no blog do Zé Beto, no site Jornale, pela jornalista Ruth Bolognese, uma das mais respeitadas do Paraná e que também é comentarista do programa de TV matutino da Rede Massa (do Ratinho, que retransmite o SBT no Estado).


Euclides Scalco gravou depoimento para o Centro de Pesquisa e Documentação Social Arquivo Jacinto Correia, mantido pela Secretaria de Trabalho do Paraná. Com memória invejável, às vésperas de completar 80 anos, ele fez  algumas revelações sobre o governo FHC, de quem foi ministro chefe da Secretaria Geral da Presidência:


-”Dois ministros de  ’Fernando’ (como ele chama o ex-presidente FHC), foram contra o Plano Real. De um não vou dar o nome, porque já morreu. O outro é o José Serra”, disse.


- “O Plano Real só foi anunciado depois que conseguiram convencer o Dr. Roberto Marinho”.


- “FHC estava  em N. York, voltando de uma viagem ao Japão (era ministro das Relações Exteriores), quando recebeu uma ligação do presidente Itamar Franco, que o convidou para ser Ministro da Fazenda.  Fernando explicou que aquela não era a praia dele, mas disse que iria pensar e conversariam depois. Às 6 da manhã, Dona Ruth ligou para o Fernando e perguntou se ele tinha ficado louco. Itamar não esperou a resposta e o nomeou”.


- “No ano passado, quando o Fernando completou 80 anos, a presidente Dilma enviou uma carta a ele, com elogios ao que ele tinha feito pelo Brasil. E só depois disso, do gesto da presidente, é que o PSDB resolveu homenageá-lo. Foi preciso a presidente lembrar. Nem Serra, em 2002, nem Alckmin, em 2006, nem Serra em 2010, nas campanhas eleitorais, lembraram do que o Fernando fez, do Plano Real, que depois disso não houve mais inflação – as grandes mudanças que deram base para o crescimento. O que o Fernando fez só daqui a algumas gerações vão reconhecer. O Brasil é antes e depois do Fernando”.


Clique aqui para ler !

Navalha

O Conversa Afiada já tinha tratado do papel de Cerra no nascimento do Plano: foi Mário Covas quem, na reunião decisiva, insistiu para que Cerra se comprometesse a apoiar o Plano Real.

Mesmo depois de "apoiar", com relutância, ele passou a dinamitar o Plano e o Ministro da Fazenda, Pedro Malan.

Aos colonistas (*) que o chamam de "Serra", Cerra passou a chamar o Plano Real de "populismo cambial", sempre em off.

É, desde sempre, o Baixo Cerra em ação.

Clique aqui para ler "Cerra joga Religião na campanha e ... no Chile pode".

 




Paulo Henrique Amorim


(*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta  costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse  pessoal aí.