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Mr. Teixeira queria dar a CBF à Globo

Mr. Texeira jamais conseguiu dialogar com a Presidenta: por telefone, pessoalmente, por e-mail ou SMS.
publicado 12/03/2012
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O programa Entrevista Record Atualidade, que vai ao ar hoje, na Record News, às 22h15, logo após o programa do Heródoto Barbeiro, entrevistou Protógenes Queiroz - clique aqui para ler "CPI do Carlinhos Cachoeira vem antes da CPI da Privataria" - e Cosme Rímoli, um infatigável reporter esportivo e o blogueiro mais acessado do portal R7.


Rímoli contou que o sonho de Mr.  Teixeira, did you accept the bribe ?, era fazer seu sucessor na CBF Marcelo Campos Pinto, manda chuva do Esporte da Globo (consegue mandar mais que o Cala a Boca Galvão e o Mano Menezes !).

Mr. Teixeira, provavelmente, só toparia ir para casa depois da Copa do Mundo no Brasil, quando acumulava - até a chegada de Dilma Rousseff - a presidência da CBF e da Comissão que ia tocar, localmente, a Copa em nome da FIFA.

Ele completaria 40 anos da Dinastia Havelange no controle do futebol brasileiro.

E deu no que deu, amigo navegante.

Essa selecinha do Mano Menezes e um brasileirinho em que só jogam o Corinthians e o Flamengo, para servir à grade da Globo.

Com a chegada da JK de Saias ao poder, a vida do Mr. Teixeira passou a ser um pesadelo em que, todas as noites, aparecia aquele reporter da BBC vestido de Diabo.

Mr. Texeira jamais conseguiu dialogar com a Presidenta: por telefone, pessoalmente, por e-mail ou SMS.

A Presidenta nomeou o Pelé Embaixador Plenipotenciário, exatamente para mostrar ao mundo quem representava o Brasil na hora em que se tornava sede  da Copa.

Mr. Teixeira passou a desempenhar o papel de Adriano.

Enfeita e não joga.

O sonho quase secreto de Teixeira seria a sopa no mel: a Globo mandar na seleção, no brasileirinho da CBF e da Globo.

A Globo e a CBF seriam, de fato, a mesma coisa.

Aí é que o Cala a Boca Galvão ia  mandar na seleção e escolher o técnico: e, se quisesse, ele próprio seria o técnico.

Rímoli acredita que Mr. Teixeira saiu, e deixou a rede preparada.

Ele não fez Campos Pinto, mas cobriu a retaguarda.

Marin assumiu, tem 82 anos e, há muito tempo, não distingue um jogo de futebol de um de water-polo (se estiver chovendo).

Quem vai mandar mesmo é o presidente da Federação de São Paulo, Marcelo Polo del Nero.

E Teixeira mandou dizer: o Mano fica e não tem nada de fazer faxina na CBF !

Acontece que a hegemonia paulista pode ter sequelas.

Já tem o Andres Sanchez, ex-presidiente do Corinthians, que manda e desmanda na seleção.

Como fica o Fernando Sarney, outro vice-presidente preterido e representante do Nordeste ?

Seja como for, del Nero, Marin, Sarney, Sanches e Campos Pinto - tudo isso é Globo.

E deu no que deu !

Paulo Henrique Amorim