Gurgel toma o lugar que era de Gilmar
Na pág. 4 do Globo de hoje, o brindeiro Procurador Geral, Roberto Gurgel, emite opinião precipitada (e inútil) sobre o Lupi.
Na pág. 10, o brindeiro Procurador Geral emite opinião precipitada (e inútil) sobre o Agnelo.
Nesta terça-feira, no jornal nacional, não se viu o Romário sugerir que Mr. Teixeira fosse para a cadeia.
Mas, estava lá, onipresente, onisciente, o brindeiro Procurador.
O brindeiro Procurador garantiu seu lugar na História – ao lado de Eros Grau – ao pronunciar suculento voto a favor da anistia à Lei da Anistia e, portanto, aos militares torturadores.
Agora, se prepara para ascender a degrau mais alto ainda na História do País, caso se esqueça de recorrer ao Supremo de duas desastrosas decisões do STJ, aquelas que sepultaram as Operações Satiagraha e Castelo de Areia.
Foi quando o STJ fundou a “súmula vinculante”, que espelha a hegemonia da Casa Grande, como diz o Mino Carta: rico não pode ser, sequer, investigado, quanto mais preso.
(Por falar nisso, por onde anda o Dr Abdelmassih ?)
O brindeiro Gurgel, que não viu nada demais na assessoria do Palocci, passou a desempenhar o papel que, no passado, era destinado ao ex-Supremo Presidente Supremo do Supremo, Gilmar Dantas (*).
Aparecer no PiG – especialmente na Globo e no Estadão, onde gozava de “plenos poderes de inserção” – para dizer o que a Globo e o Estadão queriam ouvir.
É o lamentável papel do brindeiro Procurador.
Dar “sustentação jurídica” às sumárias condenações que o PiG (**) pratica.
Com as devidas reservas, mas já que falamos de torturadores do regime militar, talvez se possa dizer que o brindeiro Procurador se permite desempenhar papel lamentável: é uma espécie de Dr Shibata da Lei.
Paulo Henrique Amorim
(*) Clique aqui para ver como um eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews e da CBN se refere a Ele.
(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.