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Como tratar o lixeiro Solonei da Silva, do alto de sua vassoura ?

Este ansioso blogueiro entrevistou o grande maratonista Solonei da Silva pouco antes da conquista do ouro no Pan.
publicado 31/10/2011
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Este ansioso blogueiro teve o prazer de entrevistar o grande maratonista brasileiro Solonei da Silva pouco antes de conquistar a medalha de ouro no Pan:

Maratonista brasileiro tem última chance para levar o ouro

O apresentador Boris Casoy foi um dos que honrou este ansioso com um processo judicial – clique aqui para  ler sobre “Agora são 40 processos, com m ais dois do Daniel Dantas e um do Paulo Preto – é a gloria !” (Ali, o amigo navegante encontrará uma gloriosa “Galeria de Honra Daniel Dantas”).

Para evitar um (e desde já vitorioso) 41º, o ansioso blogueiro cede aqui a palavra ao Fernando Brito, para não dizerem que o ansioso blogueiro tem ideias fixas.

Leia no Tijolaço:  

Não é lixo, não, é ouro humano


Hoje, um ex-catador de lixo, Solonei Rocha da Silva, ganhou a última das 48 medalhas de ouro no Pan de Guadalajara. Humildemente, disse que a vitória era de todos os catadores, trabalho que ele tinha orgulho de ter tido e do qual jamais se esqueceria.


Também hoje, no Zero Hora – infelizmente não achei o texto na internet – o jornalista Moisés Mendes compara, num artigo em Zero Hora, a atitude de um grupo de garis, ao verem três colegas serem atropelados (dois deles morreram) por uma pick-up Hilux, dirigida por um gerente de banco que voltava de uma “balada”, enquanto capinavam um canteiro da Marginal Pinheiros, em São Paulo, com a atitude do grupo que capturou, espancou e executou Muammar Khadaffi.


Os garis de São Paulo, não lincharam nem espancaram o homem que acabara de matar seus colegas. É verdade que houve chutes na porta do carro - ele tinha tentado fugir – e uns safanões, prontamente reprimido por um dos próprios garis, que afastou os colegas mais exaltados.


Os  episódios me fizeram lembrar das ofensas – certo que seguidas de um formal e rápido pedido de desculpas – dirigidas por Boris Casoy a dois garis que “do alto de suas vassouras”, como disse ele, se atreviam a desejar feliz ano novo aos telespectadores.


Como é bom ver que, apesar do bombardeio de violência e da deseducação que nossa elite brutaliza o nosso povo, sobrevivem nele valores humanos mais civilizados do que em muitos daqueles que se proclamam “modernos” e “civilizados”.


Mas esse sentimento resiste tanto, com tal força, que aqueles dois humildes garis, “do alto de suas vassouras”, Solonei  Silva, do alto do pódio, e aqueles outros da Marginal Tietê, dão lições a muita gente. Ou deviam dar.