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NY Times suspeita da ética de “Gilmar Dantas”

Amigo navegante especialista em questões da Corte Suprema telefona para chamar a atenção de reportagem que saiu neste domingo no jornaleco New York Times
publicado 20/06/2011
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Amigo navegante especialista em questões da Corte Suprema telefona para chamar a atenção de reportagem que saiu neste domingo no jornaleco New York Times.

Trata-se de reportagem irretocável de Mike McIntire (depois dizem que o jornalismo escrito (americano) vai morrer ...) sobre a amizade de um ministro da Suprema Corte americana, Clarence Thomas, com um magnata de nome Sergio, digo Harlan Crow, que é herdeiro do maior proprietário de imóveis dos Estados Unidos, sediado em Dallas, no Texas.

Sergio, digo Harlan Crow propiciou ao Ministro Gilmar, digo Clarence Thomas nada menos que o seguinte:

- Financiou um projeto de benemerência para a construção de um museu que se tornou a obra pessoal que encanta o ministro Gil... digo Thomas.

- Sergio, digo Harlan, deu uma Bíblia de presente ao Ministro Gil ... digo Thomas, que pertenceu a Frederick Douglass, no valor estimado de US $ 19 mil, dinheiro de “pinga”, para os padrões brasileiros.

- Sergio, digo Harlan doou US$ 500 mil dólares – aí já não é mais dinheiro de pinga – a uma ONG da mulher do Ministro Gil ... digo Thomas , que defende causas tão retrógradas quanto o movimento Tea Party a que está ligada. O Tea Party faz oposição feroz a Barack Obama.

- Sergio, digo Harlan, amigo da família Bush (Gilmar, quer dizer Thomas, foi levado à Suprema Corte por Bush, o pai), financiou a campanha de assassinato de caráter de um herói da Guerra do Vietnã, John Kerry que disputou eleição com Bush, filho.

- Harlan leva Thomas para passear de iate, para viajar no jatinho dele e convida para fins de semana em seu aprazível resort, o Bohemian Grave, na Califórnia, onde passam a tarde a fumar charutos.

O New York Times, um jornal desqualificado, como se sabe, um Zé Mané da imprensa mundial, questiona a ética do Ministro Gil... digo Thomas.

Onde se traça a linha que separa a atividade de um Juiz da Suprema Corte das de um homem privado ? – pergunta o jornaleco provincial.

Diz o repórter do New York Times – Thomas, certamente haverá de processá-lo três vezes (clique aqui para ler “as 37 ações que movem contra este ansioso blogueioro”).

Juízes da Suprema Corte não devem permitir, sequer, uma “percepção de parcialidade”.

(Vejam aonde chega a liberdade de expressão nos Estados Unidos – um absurdo !)

Se fosse um juiz de Corte federal, diz o New York Times, ele seria submetido a severas ações disciplinares.

Outra característica do Ministro Thomas: ele admitiu ao Imposto de Renda receber presentes no valor de US$ 42 mil.

Ele gosta de presentes.

Agora, amigo navegante, faça como o amigo que telefonou para falar desta desprezível reportagem do New York Times.

Compare o Ministro Thomas ao Gilmar Dantas (*).

O ex-Supremo Presidente Supremo do Supremo é proprietário de uma empresa privada.

Faz publicidade de outras, na internet, com vídeo.

Mantém com Sergio Bermudes, o advogado de Daniel Dantas , o passador de bola a quem concedeu dois HCs Canguru em 48 horas, relações absolutamente comparáveis às que sedimentam a amizade profunda entre Thomas e Crow.

Bermudes empresta o carro a Gilmar.

Emprega a mulher de Gilmar.

Empresta o apartamento do Morro da Viúva, no Rio, que tem uma vista melhor do que do apartamento do Roberto Carlos na Urca, ali em frente.

Quando vai a Nova York, Gilmar fica no apartamento de Bermudes na Quinta Avenida, facing the Park.

A diferença é que, no Brasil, no glorioso PiG (**), não há nenhum jornal como o New York Times, esta gazeta diária um pouco melhor do que o Diamantino Times.

Clique aqui para ler a petição com que o advogado Piovesan entrou no Senado para pedir o impedimento de Gilmar.

Aqui para ler “Pedido de impeachment de Gilmar equivale a um BO”.

Aqui para ler “Piovesan entra no Supremo contra o engavetamento de Sarney".

Aqui para ler “STJ tranca a Satiagraha”.

E aqui para ler “STJ tranca a Castelo de Areia para espanto geral da Nação: aqui, rico não vai preso nem é sequer investigado !”.

Clique aqui para ver o vídeo histórico: o jornal nacional mostra o ato de passar bola que Gilmar Dantas (*) ignorou.

E aqui para ler sobre a atividade dos “indignados” na Espanha, segundo artigo de Mauro Santayana.

Os indignados estão de olho ...


Paulo Henrique Amorim


(*) Clique aqui para ver como um eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews e da CBN se refere a Ele.


(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.