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Marina e Marina no Rio levam eleição para o segundo turno

Marina Silva, a candidata da direita-cristã-eco-capitalista, teve 31% dos votos no Rio.
publicado 03/10/2010
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Marina Silva, a candidata da direita-cristã-eco-capitalista, teve 31% dos votos no Rio.

O Governador Sérgio Cabral se elegeu com 65% dos votos.

A votação da Marina foi, de fato, uma "onda verde" não captada pelos institutos de opinião pública.

José Serra tem 30% dos votos desde 2002.

Como em 2010.

O PiG também não pode cantar vitória, porque o que levou a eleição para o segundo turno não foi a Erenice.

Foi a Marina.

Foi o aborto.

Foi essa nova direita brasileira, que a incompetência do Serra deixou vicejar: a direita cristã.

O fenômeno da eleição não é o Serra, uma "força desgastada", mas essa corrente subterrânea, desapercebida, em que se tornou a Marina.

Não há caso de eleição no segundo turno para Presidente em que o líder perca.

A Dilma continua favorita.

O Lula ganhou nos Estados, no Senado e, provavelmente, na Câmara dos Deputados.

O desafio da Dilma e do Lula no segundo turno será enfrentar o problema do aborto, a religião e o tipo de feminismo que a Marina exibiu.

A única vitória que José Serra pode empunhar e, mesmo assim, terá que dividir com FHC, é a de Aloysio Nunes para o Senado em São Paulo.

Serra vai ter palanque em Minas - sabe-se lá quanto, porque a Dilma ganhou lá - e no Paraná.

Em Minas, Dilma ganhou por 46 x 31 e Anastasia teve 63%.

Ou seja, onde ganha o Aécio, ganha a Dilma também.

O problema agora será descobrir qual a força majoritária entre os conservadores: se o eco-capitalismo da Marina ou o neo-liberalismo dos tucanos de São Paulo.

O Aécio vai ter que arbitrar isso.


Paulo Henrique Amorim