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A vida que mudou no semiárido brasileiro

Em vez de combater a seca, hoje se convive (bem) com ela: "Hoje eu tenho melhor qualidade de vida"
publicado 30/12/2014
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O Conversa Afiada reproduz do Blog do Planalto::



Famílias do Semiárido contam como cisternas permitiram convívio com a seca

 

 

O sol é o companheiro mais frequente no Semiárido brasileiro, chuva só de vez em quando. Eliete de Macedo Oliveira, agricultora familiar de Araripina (PE) conta como era a rotina antes de ter uma cisterna do Programa Água para Todos: “Com a seca que é todo o tempo aqui, sempre é seco, aí sempre carregando essas águas dos barreiros. A gente levava balde, trazia balde na cabeça, balde cheio de água. Aí vinha com aquele pouquinho de água, deixava aqui para passar pela luta do dia. No outro dia já voltava lá de novo.”

 

 

Com o Água para Todos, inserido no Plano Brasil Sem Miséria, foram entregues, entre 2011 e novembro de 2014, 771 mil cisternas de consumo a famílias, coma a de dona Eliete, que vivem na pobreza e na extrema miséria no Semiárido brasileiro. A estimativa até o final deste ano era de 750 mil cisternas implantadas.

 

Juntos, esses reservatórios têm capacidade de armazenamento de 12,3 bilhões de litros de água usadas para beber e na preparação de alimentos. “As cisternas vêm transformando a vida de milhares de famílias, porque elas podem armazenar água de boa qualidade para seu consumo e, assim, ter maior segurança alimentar”, afirma o secretário nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social e Com bate à Fome (MDS), Arnoldo de Campos.

 

A família de Juvita da Cruz, agricultora familiar de Uauá (BA), foi beneficiada pelo programa e em seu sítio agora tem água o ano todo. “Veio a cisterna de consumo, a gente começou a beber água limpa, né. A cisterna de consumo serve para beber, para cozinhar, para lavar roupa… Depois que chegou a água, serve para tudo. Não me sinto rebaixada não, não me sinto fraca não, me sinto forte.”

 

Damiana Vicente da Silva, de Santana do Cariri (CE), disse que antes da cisterna, sua família pensava deixar a agricultura familiar. “Hoje a gente não pensa em sair do campo, que antes eu vivia falando: ‘Eu vou embora daqui, eu quero morar em um lugar que tem água, não aguento mais’. Mas hoje eu agradeço a Deus e a esse programa que veio para beneficiar muitas famílias.”

 

O MDS foi responsável pela construção de cerca da metade das cisternas (49%), todas feitas de placas de cimento, ficando o restante dividido entre os demais parceiros do programa: Ministério da Integração Nacional, Fundação Banco do Brasil e Funasa. Apenas em novembro, foram entregues, em média, 692 cisternas por dia, num total de 20,7 mil.

 

Assista ao vídeo e conheça mais sobre a história dessas famílias.

 

Estímulo à produção

 

O Água Para Todos também cumpriu o objetivo na implantação de tecnologias de captação da água da chuva, como cisternas do tipo calçadão e de enxurrada, barragens subterrâneas e barreiros trincheira, para apoiar os agricultores familiares de baixa renda a continuarem produzindo mesmo durante o período de estiagem. Entre 2011 e novembro de 2014, o governo federal entregou 98,6 mil tecnologias sociais, sendo 64 mil só pelo MDS. A meta era implantar 76 mil unidades.

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