Economia

Você está aqui: Página Inicial / Economia / 2014 / 07 / 26 / Terrorismo econômico tem nome e sobrenome

Terrorismo econômico tem nome e sobrenome

As posições compradas em Petrobras na BM&F dão para produzir um milhão de coquetéis Molotov​
publicado 26/07/2014
Comments

 

 



Na quarta-feira (23), o Tesouro Nacional (brasileiro) decidiu captar no mercado externo US$ 1,5 bi para alongar (adiar) o pagamento da divida.

Como a procura foi de US$ 4 bi, o negocio ficou em US$ 3,5.

Os títulos serão pagos em 2045, com uma taxa de juros menor do que o Brasil pagava.

Um horror !

Enquanto isso, um “economista de banco”, do Santander associou-se à Sininho e resolveu incendiar a Camara Municipal.

O Santander tem indiscutível autoridade técnica para detonar o Brasil, quando se confirmar, no primeiro turno, a vitória da Dilma.

(Leia no “Em tempo sobre a última do Ataulfo Merval (*) )

Como diz amigo navegante do C Af, foi o Santander quem fez a avaliação da Portugal Telecom para a fusão com a BrOi e não viu que a operadora portuguesa tava bichada.

Aliás, quando se sacramentar a vitória da Dilma no primeiro turno, o Santander deveria fechar as portas no Brasil e entregar as chaves ao Banco do Brasil...

E voltar para a Espanha … esse colosso !

Quem mais exercita o “terrorismo econômico”?

A primeira usina de terrorismo econômico é a poderosa indústria sucro-alcooleira, que está uma fera porque a Dilma não aumenta o preço do álcool.

A ponto de o Binho Ometto, na cerimonia do Homem do Ano, em Nova York, fazer um discurso tão violento contra a Dilma que o embaixador brasileiro se sentiu constrangido e só não foi embora porque, afinal, é um diplomata.

Daí surgem lamurias e  “pessimismo do mercado”, a necessidade de “despertar o instinto animal” dos empresários.

“Instinto animal” é dinheiro do Tesouro, BNDES, inside information ou aumento de preços da Petrobras …

Essa indústria da cana não muda desde o Conde de Nassau.

Outra fonte de  terrorismo tem nome e sobrenome, segundo irretocável reportagem de Carlos Drummond, na capa da revista Carta Capital dessa semana (que já nos ofereceu o Mino e o Mauricio Dias, igualmente irretocáveis).

“O mercado criou o Dilmômetro – como sistema financeiro pretende influenciar as urnas”, está na capa.

Drummond conta, primeiro, quando e por que surgiu o terrorismo – de que o PiG (**) e seus jeniais colonistas (***) são lacaios.

Surgiu em setembro de 2010, quando a Petrobras – sempre a Petrobras – lançou R$ 115 bilhões de ações no mercado e diluiu o valor da carteira dos acionistas no mercado.

Houve uma venda maciça de papeis, a começar por George Soros, mentor intelectual do Arminio NauFraga – que desovou uma posição de US$ 640 milhões !!!

(Deve ter ficado uma fera !)

(Lembra de 2002, amigo navegante, quando o jenial Soros disse que era o Cerra ou o caos ?)

Com isso, mesmo os bancos que participaram do lançamento das ações (como o Itaúúú – PHA) venderam desesperadamente, no movimento de manada liderado por Soros.

E depois, como se nutriu o terrorismo ?

Nessa terça-feira 22, conta Drummond, a BM&F tinha 96.370 contratos em ações da Petrobras e, um record, 256 mil contratos em aberto (em ações da Petrobras).

É uma fábula de dinheiro !

Dá pra produzir um milhão de coquetéis  Molotov ! - PHA

No topo, com R$ 236 BILHÕES (a ênfase é minha – PHA), a Corretora UBS, antiga Link, dos filhos de Luiz Carlos Mendonça de Barros, nascida com perspectivas radiosas de desenvolvimento depois da privatizaçao (aqui chamada de Privataria Tucana - PHA) pelo Governo Fernando Henrique, a envolver, por conduta suspeita, o então Ministro e pai da rapaziada, afastado no final do episódio. Segue-se a Credit Suisse, ex-Hedging Griffo, com R$ 195 BILHÕES. A terceira posição é ocupada pelo Morgan Stanley (160 BILHÕES) … BTG Pactual, R$ 65 BILHÕES (é onde trabalha o Pérsio Arida que vai ao exterior falar mal do Brasil – PHA) ...”

É essa rapaziada aí que está “pessimista”.

Que alimenta o terrorismo.

E as colonas dos jornalistas de Economia, que, como diz o Delfim não são um nem outro.

Já imaginou, amigo navegante, se a Petrobras fosse a Petrobrax, que maravilha haveria de ser ?

Se a Graça desse uma palinha, uma inside informationzinha … ?

Se o preço do etanol fosse para os píncaros da Lua ?

Que maravilha !!!

O PiG ia dizer que a Petrobras voltou a ser eficiente !

O Binho ia a Nova York dizer que a Dilma é uma cruza de Jesus Cristo com John D. Rockefeller.

Esse é o Dilmômetro.

Pra variar, o Dilmômetro é uma bomba-relógio colocada na porta de entrada da Petrobras, na Avenida Chile.

Porque, como se sabe, a eleição de 2014 é sobre a Petrobras – e a Ley de Medios, ou seja, a Globo, onde quem manda é a editoria “o Brasil é uma m...".

Em tempo: a colona do Merval deste sábado 26 é um tiro no pé. Ele dá a entender que o horário eleitoral gratuito não tem a menor importância. Como se sabe, a Dilma terá o dobro do tempo do Aeroecio – cuidado, o piloto sumiu ! e do Dudu (que também sumiu …), juntos.

Quer dizer que dez minutos no horário nobre da Globo não tem a menor importância, Ataulfo ?

Não deixa o diretor comercial da Globo saber disso, Merval !

Isso pode lhe custar o emprego – na Globo News …

Paulo Henrique Amorim


Em tempo2:

O Valor - o PiG cheiroso, como você diz - preferiu transformar os recordes da Petrobrás em má notícia e deixou passar sensacional matéria que o Globo - PiG de diverso odor, desculpe - escondeu na página 26 do caderno de economia (sic). Dou o título: “Brasil é autorizado a pesquisar e explorar o ‘pré-sal da mineração’ ”. Espetacular ! - Professor




(*) Ataulfo de Paiva foi o mais medíocre – até certa altura – dos membros da Academia. A tal ponto que seu sucessor, o romancista José Lins do Rego quebrou a tradição e espinafrou o antecessor, no discurso de posse . Daí, Merval merecer aqui o epíteto honroso de “Ataulfo Merval de Paiva”, por seus notórios méritos jornalísticos,  estilísticos, e acadêmicos, em suma. Registre-se, em sua homenagem, que os filhos de Roberto Marinho perceberam isso e não o fizeram diretor de redação nem do Globo nem da TV Globo. Ofereceram-lhe à Academia.E ao Mino Carta, já que Merval é, provavelmente, o personagem principal de seu romance "O Brasil".

(**)  Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(***) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.