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PF “suspeita” de construção de prédio que existia há 10 anos

Fernando Brito: mas “não vem ao caso”, não é mesmo?
publicado 23/02/2016
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instituto lula

O Conversa Afiada reproduz artigo de Fernando Brito, extraído do Tijolaço:


A “investigação” da PF “suspeita” da construção em 2013 de prédio que existia há mais de 10 anos

Mesmo sem poder trabalhar, com uma febre que me persegue desde domingo, não posso deixar passar o absurdo que estamos vivendo.

A Polícia Federal, aquela que há mais de um ano não consegue descobrir quem colocou uma escuta clandestina dentro de suas próprias instalações, produz e divulga um relatório onde diz que, “não temos provas, mas pode ser que Lula tenha sido beneficiado por recursos da Odebrecht”.

Vejam: “Assim, caso a rubrica “Prédio (IL)” refira-se ao Instituto lula, a conclusão de maior plausibilidade seria a de que o Grupo Odebrecht arcou com os custos de construção da sede da referida entidade e/ou de outras propriedades pertencentes a Luiz Inácio Lula da Silva.” A mensagem, fique claro, é de 2013.

O que será que leva um imbecil  a escrever tal coisa num relatório – convenientemente vazado para a imprensa “amiga”? Aliás, um relatório escorregadio, na base do “pode ser”, “não temos certeza, mas…” e um inacreditável “as possíveis conclusões (sic) aqui apontadas podem estar equivocadas”.

Seria risível, se não fosse trágico, por vir de uma autoridade policial.

Não leva 5 minutos para ver que a “sede da referida entidade” , o Instituto Lula, está lá, construído e com a mesma aparência, além do mais.

Os nossos delegados da Polícia Federal já ouviram falar no Google?

Coloco aí em cima as imagens do Google Earth de 14 de dezembro de 2008 e  a atual.



E usei a de 2008 porque o Earth já tinha, nesta época, mais definição nas  imagens . Porque mesmo no arquivo de 2002 dá para ver que a edificação está lá, com a mesma aparência.

Até com 39 de febre dá pra ver que o prédio é o mesmo.

Mas “não vem ao caso”, não é mesmo? Já se lançou a suspeita, o “disseram”.

O camarada que produz um relatório destes tem de ser afastado, não por razões políticas, mas por incompetência.

Quem expõe a honra alheia sem base não pode reclamar de ser exposto como incapaz e irresponsável, no mínimo.

Pior: com este grau de irresponsabilidade, que tipo de credibilidade podem merecer “investigações” policiais tratadas desta maqneira leviana?

São estes os “gênios” a que repórteres tão obcecados e incapazes de investigar quanto eles reproduzem, sem um mínimo de cuidado crítico.