Brasil

Você está aqui: Página Inicial / Brasil / 2014 / 01 / 22 / Dantas: tucanos André e Mendonça estavam no Matrix?

Dantas: tucanos André e Mendonça estavam no Matrix?

Chantagem: banco tucano era uma bomba 30 vêzes maior que a de Dantas - segundo lobista de Dantas.
publicado 22/01/2014
Comments

Na coletiva que deu ao Barão – clique aqui para ler “Janot vai investigar Gilmar ?” - Rubens Valente reconstituiu passagem importante que se lê na pág. 424 de seu livro “Operação Banqueiro”, um livro que, como diz o Fernando Brito, envergonha o Brasil.

Ou, como diz o próprio Valente, revela “relações subterrâneas” entre Daniel Dantas e o poder – especialmente no Judiciário, na egrégia  pessoa de Gilmar Dantas (*) - que a República tem que conhecer.

Ali se lê que Daniel Dantas precisava desesperadamente impedir que o governo do paraíso fiscal de Cayman revelasse os correntistas de um fundo de Dantas lá, um dos Opportunity.

O então deputado Milton Temer (PT-RJ, quando o PT ia para cima do Dantas …) pressionou o diretor do Banco Central Armínio Fraga para conseguir os nomes, mas Armínio Fraga, hoje alter-ego de Aécio Never – clique aqui para ler “os bancos não querem a Dilma – ôba !” -, fez corpo mole.

Molíssimo.

Dantas queria evitar que se descobrisse que brasileiros residentes no Brasil depositavam dinheiro lá fora, no fundo dele – o que é uma ilegalidade.

E, muito menos, não podia permitir que se conhecesse a identidade dos felizes depositantes.

Aí, na pág. 424, seu lobista da ocasião, – porque ele troca de lobista e de advogado como quem troca de lenço -, Roberto Amaral, envia e-mail a Dantas nos seguintes termos, educadíssimos, como se vê:

- Hoje não é o dia nem a hora de se falar em Matrix. Parecerá chantagem, e chantagem barata (preferirá a “chantagem cara ? - PHA) não é o meu estilo... Tenho notícias de que a “Operação Copa do Mundo” vale trinta Matrix.”

“Operação Copa do Mundo” seria a tentativa de identificar os correntistas em Cayman.

A vítima da chantagem, como se sabe, é aquele que Dantas e o lobista chamam de “Pessoa”, ou seja, o Presidente Fernando Henrique.

(Só no Brasil um presidente da República se deixa chantagear por um Dantas … Mas, como diz o próprio lobista, Dantas é “credor”. Credor ? Abaixo se verá ... )

Por que a chantagem ?

Possivelmente, porque o Matrix, diz Valente, “teria um impacto trinta vezes maior do que o Opportunity” (pág. 423).

Ou seja, se o Opportunity era o suficiente para fazer uma chantagem (cara...), imagine, amigo navegante, se a lista dos depositantes no Matrix – 30 vezes maior - fosse exposta à lua do sol.

E o que era o Matrix ?

Foi um “banco”, como o “banco” Opportunity, fundado por André Lara Resende e Luiz Carlos Mendonça de Barros, o “Mendonção” -, presidentes do BNDES e Ministro das Comunicações no Governo da Privataria do Príncipe.

André e Mendonça foram sumariamente destituídos no celebre episódio dos grampos denunciado pela Carta Capital, aquele em que o Ricardo Sergio, tesoureiro das campanha e FHC e Cerra, diz assim: “se der m... estamos juntos.”

A “m...” era uma operação no Banco do Brasil para beneficiar quem ?

Daniel Dantas !

Agora, com o Valente, deu “m...”: quem depositava no Matrix do André e do Mendonça ?

O banco ainda era deles quando deu “m...” ?

Em tempo: hoje, Mendonça é notável colonista do PiG (**) onde escreve banalidades sob a capa de “ciência” econômica. Lara Resende converteu-se ao Verdismo e colabora com a Verde Máxima, a Bláblárina na defesa do tripé – aquele do juros, mais juros !

Como diz o Mino, é tudo a mesma sopa.

Ou como diz o Ricardo Melo, é tudo uma esculhambação !

E o Janot: será Republicano, ou não passará de um Gurgel ?


Paulo Henrique Amorim


(*) Clique aqui para ver como notável colonista da Globo Overseas Investment BV se referiu a Ele. E aqui para ver como outra notável colonista da GloboNews e da CBN se referia a Ele. O Ataulfo Merval de Paiva preferiu inovar. Cansado do antigo apelido, o imortal colonista decidiu chamá-lo de Gilmar Mentes. Esse Ataulfo é um jenio. O Luiz Fucks que o diga.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.