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Qual a vantagem de Lula ser Ministro

Teori pode jogar fora tudo o que o Moro montou contra o Lula
publicado 09/03/2016
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bessinha meu burrim

O Lula vai ser preso antes da Semana Santa.

Isso estava escrito desde o início: a tarefa da força da Lava Jato sempre foi prender o Lula.

O resto é o luar de Paquetá, diria o Nelson Rodrigues.

Há um ano, o deputado Wadih Damous (PT-RJ), que pretende dar fim essa indústria anti-petista dos vazamentos, há um ano, quando ainda poderia haver duvida – do - sobre a verdadeira intenção do juizeco da Província de Maringá, Damous disse ao Lula: seja ministro.

Qual a vantagem de o Lula ser ministro?

Do ponto de vista processual é uma grande vantagem!

Com a prerrogativa de foro, tudo o que está nas mãos da Vara de Guantánamo é remetido, lacrado, para o Ministro Teori Zavascki, no Supremo.

Com o ministro Teori não tem vazamento para o “Conexões Tigre”!

E Teori tem o direito de aceitar o que o Juiz de Guantánamo fez, aceitar parte, jogar parte fora ou jogar tudo na lata do lixo da História.

Mas, e se aceitar tudo… o que acontece?

A ida do Lula para o Supremo despolitiza esse partidarismo travestido de Justiça.

O Supremo acalma.

Apaga o fósforo que o Moro acendeu.

Joga água na fogueira que o Moro quer espalhar pelo Brasil afora!

O Supremo tem o seu rito.

Tem biografias a preservar.

(A do Moro já está escrita – pelo Ataulpho Merval, ou pelo Gianca Civita.)

Há vários Mello no Supremo, que, no devido tempo, se manifestarão com segurança e destemor.

Em nome da estabilidade e da Constituição!

Se o Lula for ministro, a Globo de Goiânia, o triplex de Paraty e seus marionetes, o PSDB, todos eles vão vociferar, babar de ódio, como fez o Aloysio 300 mil quando teve que engolir o merendão que o Lindbergh lhe ofereceu.

Vão bater no Lula.

Um pouco mais, um pouco menos que batem hoje.

Mas, o que é melhor?

Ser mártir em cana?

Ou esperar as coisas se acalmarem no rito do Supremo.

Na judiciosa e moderada companhia dos Mello que ali existem!

Em tempo: e, como Ministro, Lula pode ajudar a devolver a cabeça do Renan ao lugar. Porque, com Dilma ou sem Dilma, o Moro quer o Renan como premio de consolação.

Em tempo2: o sequestro de Lula foi o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando. O estopim da I Guerra Mundial. Moro desempenha o papel de Gavrilo Princip, o ativista sérvio autor do atentado. Como diria aquele obscuro (em Maringá) pensador: a História se repete como farsa...

Paulo Henrique Amorim