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Tijolaço analisa as pesquisas. Dilma é favorita

Na espontânea, Lula tem 10 vezes mais que o Cerra e o dobro da Bláblárina e do Aécio Never. E não é candidato ...
publicado 18/07/2013
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O Conversa Afiada republica texto do Tijolaço:


A popularidade da presidente e as eleições de 2014













Pesquisas eleitorais são importantes instrumentos para análise política. Mais que isso, as próprias forças políticas costumam usá-las no jogo de apoios e exigências que caracteriza a democracia representativa. Os números apontam uma queda substancial da popularidade da presidenta Dilma e um acirramento do quadro eleitoral para 2014. Partidos, quadros e doadores estão sempre de olho para onde sopram os ventos do poder.


O governo petista vive hoje um de seus maiores desafios desde que subiu o Planalto, em 2003.  Considerados absolutamente, a popularidade do governo e da presidenta são razoáveis: ainda estão no positivo, ao menos.  O governo tem 31% de avaliação positiva e 29,5% de negativa; mais 38,7% de regular. O desempenho da presidenta, por suavez, é aprovado por 49%, contra 47% que não aprovam.














Bem melhor do que a situação de Obama, nos EUA, de Hollande, na França, de Cristina Kirchner, na Argentina.


O que surpreende na pesquisa é a velocidade da queda, de um mês para outro, sugerindo uma brusca oscilação de fundo principalmente emocional, pois só emoções conseguem se espalhar de maneira tão rápida e homogênea no corpo social.


O lado bom é que a revelação de que a política está viva, e nenhum candidato, por mais favorito que seja, ganhará as eleições de 2014 apenas com operações de marketing, mesmo que faça um bom governo. É preciso combater o bom combate, no campo político. E para isso, é necessário entender a comunicação do governo como um instrumento democrático de luta política.


Não se trata de “antecipar” o debate eleitoral. Isso é papo udenista. O exercício da luta política ajuda a aprimorar a gestão do Estado, porque obriga o administrador a intensificar os esforços de mostrar à população as coisas que estão sendo realizadas. E não tiver nada de bom sendo realizado, perderá a luta política. A democracia brasileira atingiu um estágio em que o custo de iludir o povo com propaganda enganosa cresceu um bocado. Às vezes é mais fácil, para um governante, fazer alguma coisa concreta, e faturar politicamente com isso, do que não fazer nada e gastar tempo, energia e recursos para fingir que fez.


Fernando Henrique Cardoso encerrou seu governo com desaprovação de 54%, e um governo avaliado negativamente por 34% da população, segundo o mesmo instituto de pesquisa. Lula terminou seu mandato com aprovação de 87% do eleitorado, e um governo avaliado positivamente por 83%.


Os serviços públicos ao final de 2010 não estavam muito melhores do que hoje. Em vários casos, estavam piores. Estamos diante de uma mudança de mentalidade do eleitorado, o que deflagrou uma nova campanha midiática para conduzir a transição para o campo conservador. Mas esse movimento foi detectado, e há tempo para revertê-lo.


As intenções de voto ainda asseguram uma margem de vitória razoável para DIlma Rousseff, talvez não num primeiro turno, mas num segundo.
















A íntegra da pesquisa do CNT/MDA está aqui.

Por: Miguel do Rosário