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Berzoini vai para cima do Google ?

É preciso garantir a neutralidade do acesso.
publicado 25/01/2015
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O Conversa Afiada lembra que Ricardo Berzoini não é o Bernardo PlimPlim, que foi mais realista que a Dilma.

O Conversa Afiada acredita que, breve, o Ministro Berzoini vá apresentar à Presidenta Dilma um plano de trabalho e um calendário de atividades para levar um projeto de Ley de Medios ao Congresso.

A Presidenta resolveu reinventar a roda – fazer o que ?

Mas, talvez isso tenha lá as suas vantagens.

Desde a Ley de Medios do Ministro Franklin Martins, ao Projeto de Lei de Iniciativa Popular, o PLIP contra o PLIM, muita água rolou sob a ponte da tecnologia da Comunicação.

Não é só que o Google vai googlar a Globo.

Ou que a internet, como demonstrou o estudo que a SECOM encomendou ao Ibope, se torna aceleradamente uma alternativa para a informação e o entretenimento.

Assiste-se a uma penetração veloz da Amazon e da Netflix como produtores de vídeo entregue também no celular.

Até aí, estamos no terreno das questões materiais, econômicas, que justificam a tese da Presidenta, exposta aos blogueiros sujos: a televisão é um mercado monopolístico que precisa, como qualquer mercado, ser regulamentado.

Tem um outro aspecto, fundamental, que diz respeito, ainda,  ao Google.

Como se sabe, a União Europeia transformou em lei o “direito ao esquecimento”.

O Google não tem o direito, na Europa, de manter dados a respeito de todo mundo, por quanto tempo quiser.

Todo cidadão europeu tem o direito de ser esquecido pelo Google !

Tirar do ar o que o cidadão quiser.

Não seria bom ter isso aqui ?

E, mais.

Assim como o Brasil aprovou um magnífico e copiado Marco Civil da Internet – que o Obama luta para aprovar no Congresso, contra os Eduardo Cunha de lá  - o Ministro Berzoini poderia ir pra cima do Google, em dois aspectos.

E inovar, de novo.

Primeiro, lutar pela neutralidade do acesso.

O Google não pode ter o monopólio do acesso à rede e dele fazer um instrumento comercial para vender publicidade.

É preciso quebrar esse monopólio.

E, mais, em segundo lugar.

O Google tem que pagar Imposto de Renda no Brasil.

O Google já é o segundo maior destino de publicidade no Brasil – logo depois da Globo – e não paga imposto aqui.

(A Globo Overseas também não, não é Dr Moro ? – vote aqui em trepidante enquete.)

Uma Ley de Medios atualizada tem que peitar o Google.

Abrir avenidas de acesso.

Interromper a mercantilização da informação que o Google fornece.

Fazer pagar Imposto de Renda.

E garantir a cada cidadão o direito de ser esquecido.

Se a Globo não tivesse afundado todos os navios nas mãos competentes do Gilberto Freire com “ ï” (ver no ABC do C Af) - um especialista em causas perdidas – até que ela poderia aderir à luta por uma Ley de Medios que, em última analise, a beneficiasse.

Porque, como se sabe, com essa audiência do jornal nacional, a Globo não paga as contas.

Nem com BV as agencias vão segurar a tabela que ela cobra.

Porque o anunciante demora, mas não é burro.

Uma Ley de Medios poderia ter para ela o efeito da morfina.

Aliviar, por algum tempo, a dor da morte.

Em tempo:
o Conversa Afiada reproduz artigo do site Proxxima:


Google planeja se tornar uma operadora de telefonia móvel



De acordo com reportagem do The Information, empresa estaria negociando com Sprint e T-Mobile para passar a vender e monitorar dados e chamadas dos usuários

Em 2015, o Google pode se tornar uma operadora de telefonia móvel (MVNO, em inglês). Segundo informações publicadas pelo The Information, a empresa estaria em negociação com a Sprint e a T-Mobile para vender e monitorar o uso de chamadas e dados, por meio da rede das duas companhias.

Caso os rumores se confirmem, não será nenhuma surpresa, pois a gigante de buscas é dona do sistema Android e dos aparelhos Nexus. O fluxo de dados e a velocidade de rede também são fatores importantes para os negócios da companhia.

Outros movimentos do Google nessa direção são o Google Fiber, anunciado em 2012, que passou a oferecer uma conexão mais rápida aos habitantes das cidades norte-americanas Kansas, Austin e Provo. No ano passado, a empresa anunciou investimentos em um sistema subaquático para conectar a costa oeste dos EUA ao Japão, com o objetivo de entregar um sinal de banda larga de 60 terabytes por segundo.

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Paulo Henrique Amorim