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Debate na Globo ? Não ! Pool, Dilma !

A Globo deu o Golpe no último debate de 1989 e 2006. Falta o de 2014 !
publicado 22/04/2014
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Uma das armadilhas da Globo Overseas é o último debate antes da eleição.

Ela faz o debate sem dar tempo de os candidatos re-editarem o debate, porque o horário eleitoral já acabou e só restam a versão da Globo – e a eleição.

Ou seja, a Globo se torna, na boca da urna, o Grande Eleitor !

Depois de envenenar o Brasil 365 dias por ano, 24 horas por dia.

Viva o Brasil !

(Não perca “o PT deve uma Ley de Medios ao Brasil !”.)

Foi assim que a Globo reeditou o debate Lula vs Collor em 1989 – e decidiu a eleição.

Foi assim na eleição de 2006 – clique aqui para ler “o primeiro Golpe já houve, falta o segundo”.

Ali Kamel, aqui conhecido como Gilberto Freire com “i” (*), ignorou a tragédia da Gol para não mexer na edição do jornal nacional que mostrava a cadeira vazia de Lula no debate.

(E a foto dos aloprados, aquele Golpe que omitiu a compra das ambulâncias super-faturadas do Cerra no Ministério da Saúde...)

E, por que a Globo merece essa deferência – o último debate antes da eleição ?

Por que o Brasil, tão colonizado, não se mostra Colônia, de fato ?

Os debates tem que ser em pool, como nas Metrópoles.

Com representantes de TODOS.

Por que esse privilégio de a Band abrir e a Globo fechar ?

Que regulamento do TSE prevê isso ?

E por que, na antevéspera da eleição, 48 horas antes de o eleitor se trancar na cabine, o candidato tem que se submeter ao talento fulgurante do William Bonner e às perguntas desinteressadas do “i” ?

Por que o Bernardo Plim-Plim (ou será Trim-Trim , Mino ?) – não deixe de ler sobre o Ênio e  o “Roberto Regulatorio da Comunicação” - não manda buscar as fitas dos debates presidenciais nos Estados Unidos ?

Onde, inclusive, debates são organizados por universidades, o âncora é de uma tevê pública, educativa (cujo salário não depende do “i”) e os debatedores são representantes de diferentes organizações jornalísticas.

A Globo Overseas não tem isenção para assumir essa responsabilidade, num regime democrático.

Não se pode entregar o destino de uma eleição ao Jornalismo (sic) da Globo !

Aquilo ali se banha na editoria “o Brasil é uma m...” e não será a 48 horas de uma eleição que eles vão se converter à Virtude !

Ainda mais que, progressivamente, a Globo vai depender do Aécio e do Dudu para sobreviver.

O Google vai googlar a Globo – é o segundo destino de verbas publicitárias do país – e só eles dois, Aécio e Dudu, poderão impedir a instalação do 4G no Brasil.

É sobre essa eleição que o Kamel vai formular as perguntas.

(Ou o amigo navegante acha que, na antevéspera da eleição que pode decidir o futuro da Globo Overseas, as perguntas à Dilma, a terrorista, sairão da cabeça de um jornalista isento ?)

(Como se o Alberico de Souza Cruz tivesse sido o responsável solitário pela edição do debate que só mostrou o “bom” do Collor e o “mau”do Lula … Como se o Dr Roberto estivesse naquele dia, antevéspera da eleição, no segundo turno, excepcionalmente, desinteressado do que o jornal nacional ia exibir.)

O debate final na Globo é parte da campanha eleitoral dos antitrabalhistas.

Dos que querem partilhar a partilha !

Viva o Brasil !

Em tempo:
do amigo navegante MZ:

Excelente idéia, PHA: que os debates sejam intermediados pela rede pública e se quiserem transmitir ao vivo que transmitam. Se o interesse é jornalístico….

Em tempo2:
desde que a "rede pública" não seja a dos tucanos de São Paulo  - PHA


Paulo Henrique Amorim



(*) Ali Kamel, o mais poderoso diretor de jornalismo da história da Globo (o ansioso blogueiro trabalhou com os outros três), deu-se de antropólogo e sociólogo com o livro "Não somos racistas", onde propõe que o Brasil não tem maioria negra. Por isso, aqui, é conhecido como o Gilberto Freire com ï". Conta-se que, um dia, D. Madalena, em Apipucos, admoestou o Mestre: Gilberto, essa carta está há muito tempo em cima da tua mesa e você não abre. Não é para mim, Madalena, respondeu o Mestre, carinhosamente. É para um Gilberto Freire com "i".