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Mantega sabia

"A política fiscal deve ser a âncora"!​
publicado 27/09/2015
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bessinha evolução da espécie

Amigo navegante extraiu trechos de um artigo de Claudia Safatle - “O que está em jogo”- publicado no PiG cheiroso em 25/setembro.

O amigo navegante pretende demonstrar que Guido Mantega sempre foi um Ministro da Fazenda austero, severo – e competente.

Até na saída, quando estava para ser rifado, publicamente, de forma deselegante – para dizer pouco – Mantega e sua equipe tinham noção do problema.

Problema que é sério, mas não tão grave quanto a Claudia Safatle e seus pigais colegas do Valor propagam, tucanamente, todos os dias, em todas as paginas …

Até a cotação da Bolsa no Valor é suspeita !

Mas, nesse caso, sem as intervenções editorializadas, o artigo recupera a imagem de Mantega, de forma inequívoca.

Diz a pigal articulista:


Em março de 2014 o então ministro da Fazenda, Guido Mantega, levou para a presidente propostas de cortes de despesas mediante mudanças nas regras de acesso a benefícios previdenciários e trabalhistas

(…)

… a equipe do ex-ministro deixou para o sucessor um documento - intitulado "Estratégias de Política Econômica: programa de consolidação fiscal para 2015-2018" - com análise da situação e a lista das propostas que viriam a ser adotadas pelo novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, no primeiro pacote de medidas de ajuste fiscal para 2015, anunciado no fim de 2014.

Lá estavam descritos as sugestões e os impactos da redução da despesa com abono salarial, seguro desemprego, pensão por morte e auxílio doença. Estavam também as propostas de elevação das receitas com o aumento do IOF sobre crédito ao consumo, tributação sobre cosméticos, bebidas frias e PIS/Cofins nas importações.

"A política fiscal deve ser a âncora macroeconômica dos próximos anos", rezava o documento preparado pelo secretário de Política Econômica, Márcio Holland. O anúncio das medidas propostas afastaria "temporariamente o risco não desprezível de retirada do grau de investimento do Brasil por parte das agências de rating", alertava.

Os fatores que alimentaram o crescimento de 4,8% em média entre 2004 e 2008 "não estarão mais presentes nos próximos anos", seja pela retração do comércio mundial e desaceleração da China, seja pela desaceleração da massa real de salários e do crédito, indicava.

Há um ambiente hostil à tomada de decisões de investimentos privados que retroalimenta a baixa confiança no futuro da economia e abre-se espaço para um "circulo vicioso que precisa ser rompido". Tal rompimento só será possível com uma agenda de medidas que altere a percepção sobre o país, apontava o documento.

 (…)

Defendia que o ajuste fosse pela redução do gasto público e não pelo aumento dos impostos. O corte da despesa seria desinflacionário, elevaria a potência da política monetária, causaria menos danos na atividade econômica e restauraria a confiança de empresas e famílias.

(…)

O texto, datado de novembro de 2014, mencionava, ainda, a demanda por uma taxa de câmbio mais competitiva e melhoria do ambiente de negócios a partir de reformas no sistema tributário e redução da taxa de juros.

(...)