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"Livre comércio é arma do forte". A Dilma sabe

O "forte" não tem ideologia. Tem interesses.
publicado 15/03/2012
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O ansioso blogueiro volta a recomendar a leitura do post " Delfim e Nassif - calma que a indústria brasileira não vai acabar".

Delfim, num artigo na Carta Capital, e a entrevista da Presidenta ao Nassif tratam do "tsunami monetario" aplicado pelos Estados Unidos e a Uniao Europeia, como uma das formas mais ferozes de protecionismo.

EUA e UE provocam uma bolha monetária com mão de gato para desvalorizar suas moedas.

Como diz  a Presidenta ao Nassif: é a poitica do poor they neighbour - empobreça o seu vizinho.

Ou, eu exporto e você importa.

E danem-se você e a Organização Mundial do Comércio.

O ansioso blogueiro comprou em recente viagem a Nova York, para tratar de assuntos que penduricalhos do PiG (*) acompanham com razoável irritação, o livro "The world America made", de Robert Kagan, ensaista, membro da Brookings Institution e colunista do Washington Post.

É uma tentativa - inteligente, aguda, bem escrita, como não se vê aqui nos colonistas (**) do PiG - de provar que a América salvou a Humanidade com a propagação da democracia, do capitalismo e do mercado livre.

(Mal sabe ele o que a Economist já descobriu:  que "0 Capitalismo de Estado ganhou a guerra e o povo vive melhor")

Diz ele na pág 42 ( da Alfred Knopf, New York, 2012):

O recente cresicimento da riqueza em âmbito mundial não resolveu o problema da desigualdade dentro e entre nações. Ao contrário, exacerbou a desigualdade. (Oh, Urubóloga ! - PHA) Dessa  forma, o sistema econômico de mercado livre não foi aceito de bom grado em toda parte. Os americanos e, antes deles, os britânicos, tinham que acreditar que o livre  mercado e o livre comércio ofereciam às economias em desenvolvimento a oportunidade de enriquecer. Mas, como um professor (leia o "em tempo" - PHA) já tinha observado, essas ' oportunidades' muitas vezes tinham que ser ' impostas  aos relutantes parceiros ... Livre comercio é politica do forte'. "

Navalha

O que se observa na atual economia do "tsunami monetário" , do " dane-se o vizinho" é que "o forte" agora é protecionista.

Embora diga que é a favor do livre comércio - e a Urubóloga acredite.

O "forte" não tem ideologia.

Tem interesses.

E, como o Brasil ficou forte, também será livre cambista e protecionista quando lhe der na telha.

Em defesa do interesse nacional brasileiro, onde se sobressai o interesse do trabalhador brasileiro.

Coitada da Urubóloga !

 


Em tempo: o professor citado é Robert Gilpin, autor de "U.S. Power and the Multinational Corporation", New York, 1975, pág. 85. Quem chamou a atenção do ansioso blogueiro para Gilpin foi o então embaixador do Brasil em Washington, Marcilio Marques Moreira. Poucos como Gilpin e Marcilio entenderam - na opinião deste ansioso blogueiro - a natureza da economia daquela época. E o papel hegemônico dos Estados Unidos, quando o Brasil ia de joelhos ao FMI.  E o ansioso blogueiro com eles aprendeu muito. ( Como se sabe, o Brasil só adotou a posição ereta no Governo do Nunca Dantes.)

Paulo Henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.