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Cosan compra ALL. Gigante da energia avança em logística

Saiu no Valor: Cosan quer participação na ALL para avançar em infraestrutura.
publicado 23/02/2012
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Saiu no Valor:

Cosan quer participação na ALL para avançar em infraestrutura


Por Mônica Scaramuzzo | De São Paulo


A entrada do grupo Cosan no bloco de controle da ALL Logística deverá impulsionar a expansão da empresa ferroviária. O Valor apurou que a companhia deverá receber uma injeção de recursos para promover seu crescimento, caso a transação seja aprovada pelos demais sócios do grupo. As áreas portuárias e a malha ferroviária deverão receber pesados aportes com a chegada no novo sócio.


A entrada de um sócio estratégico como a Cosan na ALL foi bem recebida pelo governo, que estava familiarizado com essa operação, segundo fontes ouvidas pelo Valor. A Cosan é vista como um parceiro forte, cujo foco dos investimentos tem se concentrado em infraestrutura. A ALL está desde 2010 em processo de reestruturação, com a diversificação de seus negócios. "A entrada da Cosan na ALL poderá dar um novo posicionamento ao grupo, impulsionando os investimentos futuros", afirmou uma fonte ligada à empresa logística.


A Cosan anunciou ontem que firmou proposta para a compra de ações dos acionistas Riccardo Arduini, conselheiro da companhia, de sua esposa Julia Dora Koranyi Arduini, e da GMI (Global Market Investiments L.P., representando o presidente do conselho de administração da ALL, Wilson de Lara. A oferta foi para a aquisição de 38.980.117 de ações, das quais 34 milhões são de papéis vinculados ao acordo de acionistas. O valor da operação é de R$ 896,542 milhões. A Cosan não pretende fazer emissão de ações para concluir esse investimento. A empresa deverá contar com recursos próprios e poderá recorrer a investidores.


(…)


Se aprovada a operação, a companhia passa a ser a maior acionista individual do grupo de controle, com participação de 49,1% (ver quadro ao lado) e 5,6% do capital total. A operação também deverá passar pelo crivo da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). "Vemos muito valor nesse negócio. Nossa estratégia é de longo prazo. O setor [ferroviário] está passando por mudança regulatória e o país vive um momento de fortes investimentos em infraestrutura", disse Marcos Lutz, presidente do grupo Cosan.


(…)


A estratégia agressiva de expansão dos negócios de Rubens Ometto Silveira Mello rendeu fortes críticas ao empresário, sobretudo de acionistas minoritários. "O investidor precisa acreditar na estratégia [de expansão] da Cosan. O empresário soube conduzir o processo de expansão da companhia, que tinha uma vocação agrícola [voltada para açúcar e álcool], abriu o capital da companhia e transformou o grupo em uma empresa de logística", disse uma fonte familiarizada com o negócio. "Os críticos veem a fotografia atual, mas não como o negócio vai ficar."


Rubens Ometto transformou o grupo Cosan, fundado nos anos 80, em uma potência de açúcar e álcool nos anos 90. A família do empresário, de origem italiana, chegou ao Brasil no fim do século 18. Em 2005, a companhia abriu o capital no Brasil e dois anos depois passou a ter seus papéis negociados na bolsa de Nova York. Com a diversificação de seus negócios, a Cosan também participa do projeto bilionário em parceria com a Petrobras na Logum para a construção de um etanolduto. A companhia também investe pesado em cogeração de energia a partir do bagaço de cana-de-açúcar. (Colaboraram Ivo Ribeiro, de São Paulo, e Vera Saavedra Durão, do Rio)

Ainda no Valor, na pág. 4, a JK de Saias, Dilma Rousseff, vai chamar o empresário Benjamin Steinbruch às falas:

Dilma quer apressar obras de ferrovia


Por Daniel Rittner e André Borges | De Brasília


O empresário Benjamin Steinbruch deverá ser chamado ao Palácio do Planalto, nas próximas semanas, para uma nova conversa sobre o andamento das obras na ferrovia Transnordestina. "A presidenta Dilma Rousseff quer um ritmo mais forte nas obras para [assegurar] a conclusão em 2014", afirma o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos.


De acordo com o ministério, só 874 quilômetros dos 1.728 quilômetros do empreendimento estão sendo realmente executados pela Transnordestina Logística, empresa que é controlada pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Passos diz que o governo reconhece o avanço das obras desde a contratação da Odebrecht, no fim de 2009. Ele lembra que mais de 10 mil pessoas estão trabalhando nos canteiros, há mais de 100 mil toneladas de trilhos já armazenadas em Salgueiro (PE) para instalação na ferrovia e uma fábrica local tem capacidade para produzir 4.800 dormentes por dia. No trecho entre Salgueiro e Missão Velha (CE), de 96 quilômetros, 98% dos trabalhos estão prontos e a previsão é concluir as obras em até 90 dias.


(...)

Navalha

O Conversa Afiada oferece essas duas notícias aos profissionais da Urubologia pátria.

Esse pessoal que diz que o Barsil não tem infraestrutura nem nunca vai ter.

E quem foi que matou as ferrovias brasileiros, e passou nos cobres ?

O Governo Cerra/FHC.

(Sobre essa privatização e a semelhança com a privataria tucana das teles, assista ao importante pronunciamento do Senador Roberto Requião sobre a incompreensível recondução de Bernardo Figueiredo à chefia da ANTT.)

Como na reconstrução da indústria naval, agora os governos trabalhistas põem o Brasil em cima dos trilhos.

E se a Cosan compra uma ferrovia, amigo navegante, é porque o Binho Ometto jamais assistiu à Urubóloga.

Quanto ao Benjamin Steinbruck, o ansioso blogueiro desconfia que ele vá botar sebo nas canelas.

 




Paulo Henrique Amorim