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MST convoca militantes: agitação e propaganda!

Usar as Olimpíadas para denunciar o Golpe
publicado 19/05/2016
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Do MST:

CARTA À MILITÂNCIA SOBRE OS PRÓXIMOS PASSOS

Companheiros e Companheiras,
 
            Vivemos uma conjuntura histórica na luta de classes. Um momento em que as classes e suas ferramentas se posicionam com clareza diante da sociedade. O processo de impeachment da presidenta Dilma Roussef demonstrou claramente os interesses dos setores conservadores da elite, a ação da mídia e do poder judiciário, o comportamento oportunista de partidos e parlamentares e ao mesmo tempo quem são os lutadores e lutadoras da democracia e dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.
            O MST não reconhece o governo de Michel Temer. Incapaz de vencerem pelo debate das ideias e da democracia, a burguesia derrubou um governo para impor pela força o projeto que foi derrotado pelo voto popular: desemprego, recessão, cortes de direitos sociais, privatizações e subordinação da economia aos interesses dos Estados Unidos para a América Latina, renunciando à soberania e aos interesses nacionais. Prova deste caráter conservador e elitista são as primeiras medidas do governo com a extinção de políticas e Ministérios com caráter social, como o Ministérios da Cultura e do Desenvolvimento Agrário.
            Porém, o golpe não encerrará a crise política que vivemos, porque esta crise é resultado da crise econômica internacional e da falência do sistema político brasileiro, onde prevalece o poder econômico e os interesses dos financiadores de campanha. Somente uma profunda reforma política poderá superar esta crise. Portanto, o próximo período será ainda de instabilidade e de conflitos. Não haverão soluções mágicas. Somente mudanças estruturais baseadas na participação popular poderão solucionar esta crise política.
            Alertamos à nossa militância que como este governo não é legítimo, irá impor seu projeto pela força e pela violência. Serão tempos de repressão aos movimentos sociais e aos que se opõem ao golpe. Por isso, devemos reforçar a segurança, os cuidados e o zelo individual e coletivo.
            Este período nos exigirá organização e capacidade de responder rapidamente às mudanças na conjuntura, assim como à repressão. Devemos também nos preparar para lutas prolongadas
            É tempo de fortalecer também a unidade e as alianças das ferramentas da classe trabalhadora. Por isso, orientamos nossa militância a se empenhar em construir a Frente Brasil Popular nos municípios e regiões, assim como comitês populares em defesa da democracia e de resistência ao golpe, no campo e nas periferias, e de toda forma de articulação e mobilização que reúna as organizações populares nos municípios e estados.
            Esta conjuntura permite ainda formar uma nova geração de militantes e, portanto, é tarefa da nossa militância contribuir com a organização da juventude, em especial do Levante Popular da Juventude, estimulando sua organização e participação nas lutas sociais.
            Para o próximo período, convocamos nossa base social à mobilização no próximo dia 13 de junho, quando completa o primeiro mês do governo golpista, para se juntar à Frente Brasil Popular e os movimentos sociais do campo para denunciarmos à sociedade a extinção das políticas sociais para a agricultura camponesa e a ameaça da reforma da previdência, que retirará direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.
            É preciso estimular as atividades de agitação e propaganda, com a organização de brigadas para esta tarefa nos estados, denunciando o golpe e o governo ilegítimo através das várias formas de manifestação e aproveitar as olimpíadas para denunciarmos internacionalmente o golpe.
            Devemos ainda recolocar a luta pela terra em debate na sociedade, lutando pelo assentamento de  as famílias acampadas no país e da realização da reforma agrária.
 
 
LUTAR! CONSTRUIR REFORMA AGRÁRIA POPULAR!
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